A Polícia Militar do Piauí, através da Patrulha Maria da Penha, e do Comando de Policiamento Comunitário (CPCOM), registrou um aumento significativo no número de ocorrências de fiscalização acerca de medidas protetivas de urgência com o advento das viaturas lilás. A identificação visual diferenciada, que simboliza o combate à violência contra a mulher, garante um atendimento humanizado e passa maior segurança para as vítimas.
De acordo com a capitã Leoneide, comandante da Patrulha Maria da Penha, na missão de garantir a fiscalização do resguardo da mulher, é importante que a vítima denuncie, registre o boletim de ocorrência e, no ato do boletim, solicite a medida protetiva para que esse agressor se afaste e o possível ciclo de violência seja quebrado, para não serem cometidos novos casos de agressão física ou verbal do agressor em relação a essa vítima.
“Nós, enquanto Patrulha Maria da Penha, com advento das viaturas lilás, tivemos um crescimento na demanda. Antes nós atendíamos duas novas medidas protetivas diárias, hoje nós atendemos uma média de 5 a 7 medidas novas que chegam para que a gente possa fazer a fiscalização. É interessante nós destacarmos que o trabalho da Patrulha Maria da Penha é a fiscalização dessas medidas protetivas, para justamente cobrir essa lacuna que existe entre o deferimento da medida protetiva e a sensação de segurança da mulher. O simples papel, sem nenhum tipo de fiscalização, não tem uma efetividade. Então nós, enquanto patrulha, enquanto Polícia Militar, preenchemos esse espaço de fiscalizar para saber se realmente esse agressor está cumprindo essa medida numa ação conjunta”, detalha.
A capitã destacou ainda que o crescimento da demanda da patrulha se deu a partir da visibilidade que as viaturas lilás tiveram.
“Vale ressaltar que esse crescimento na demanda da patrulha se deu a partir da visibilidade que foi dada ao trabalho que é feito através da viatura lilás. A cor destacou, chamou atenção da sociedade, principalmente das mulheres vítimas que se mantinham na subnotificação, ou seja, ela sofria as agressões, mas por medo não fazia a denúncia. E com a viatura lilás, a visibilidade que ela trouxe, muitas mulheres se encorajaram a fazer essa denúncia e solicitar essa medida protetiva”, pontua a comandante.
Para a capitã Leoneide, nenhum tipo de agressão, seja verbal, psicológica, moral ou física, pode ser subestimada. Segundo ela, o ciclo de violência possui três fases: a lua de mel, a tensão e a explosão. Na lua de mel está tudo bem, na tensão são as discussões e a explosão vai à violência física, que pode culminar em um feminicídio.
O comandante geral de operações (DGO) Cel. Galvão, afirmou que todas as viaturas lilás estão em processo de liberação em sua totalidade para circularem em ações repressivas, preventivas e educativas, faltando só a parte burocrática.
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