O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (Saf), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Embrapa Algodão, Prefeitura de Alcântara, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Consórcio Nordeste, promoveu o Dia de Campo do projeto Algodão Agroecológico na comunidade quilombola de São Maurício, em Alcântara.
O evento marcou a colheita do primeiro ciclo do algodão agroecológico, além de avaliar o desempenho do cultivo consorciado com alimentos em sistemas sustentáveis. Para o secretário da SAF, Bira do Pindaré, a ocasião simboliza uma nova etapa para a agricultura familiar local:
“Alcântara já foi um grande núcleo produtor de algodão utilizando mão de obra escravizada. Hoje, a cidade renasce na esperança de que a liberdade trará renda, estimulará a produção de alimentos e assegurará a segurança alimentar das famílias de agricultores familiares, através das iniciativas do projeto Algodão Agroecológico na comunidade São Maurício. Vimos as sementes serem plantadas aqui, e agora estamos presenciando a colheita,” afirmou.
Durante a programação, foi firmado um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a SAF e a Embrapa Algodão, que prevê transferência de tecnologia e capacitação de agricultores. Também foi anunciada a expansão do projeto para outra comunidade de Alcântara e a entrega de barracas de feira para comercialização da produção.
De acordo com o pesquisador Frederico Lisita, da Embrapa Algodão, a experiência já mostra resultados positivos. Em São Maurício, o cultivo ocorre em um hectare, combinando algodão branco, marrom e verde com culturas como gergelim, milho, mandioca e moringa.“Esta é a colheita do primeiro ciclo do projeto no Maranhão, que envolve todos os estados do Nordeste para fortalecer e expandir o algodão agroecológico em combinações alimentares na área semiárida. Em São Maurício, o projeto está sendo realizado em uma área de 1 hectare, onde algodão foi cultivado em consórcio com alimentos como gergelim, milho, mandioca, moringa, além de diversas variedades de algodão branco, marrom e verde. O projeto é um grande sucesso,” enfatizou o pesquisador.
Atualmente, o projeto piloto em Alcântara beneficia diretamente 27 famílias quilombolas da comunidade São Maurício e, de forma indireta, cerca de 60 famílias de outras localidades, incluindo Cajiba, Tiquara, Nova Alcântara e Anhenhequara.
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