O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) destaca que o Brasil tem se tornado cada vez mais relevante no comércio internacional de limão e, agora, figura entre os cinco maiores. No primeiro semestre deste ano, o país exportou 106,7 mil toneladas da fruta, um recorde e um aumento de 18,17% em relação ao mesmo período em 2024.
O principal exportador mundial é o México, seguido da Turquia e, depois, África do Sul e Egito. “No Reino Unido, o limão brasileiro se tornou referência em qualidade, tamanho e sabor, segundo o setor. A Holanda tem sido consistentemente o maior importador de limão brasileiro, com ampla margem”, cita do USDA, em relatório.
A produção brasileira é dominada pela variedade Tahiti, com 97% do total. Essa produção é amplamente impulsionada por pequenos e médios agricultores, que têm menos de 25 hectares.
O limão Tahiti é uma fruta híbrida criada pela enxertia de limão persa com limão amargo (Citrus limon), o que explica sua natureza sem sementes. Como híbrido, o limão Tahiti é classificado como "limão azedo" em vez de limões verdadeiros.
É caracterizado por seu tamanho grande, casca verde espessa e composição sem sementes. Uma de suas características mais marcantes é a capacidade de manter uma casca verde vibrante ao longo de sua vida útil - uma qualidade altamente valorizada nos mercados globais, visto que qualquer amarelamento reduz significativamente o apelo ao consumidor.
“Comparada à indústria brasileira da laranja, a indústria do limão é significativamente menos desenvolvida, resultando em um apelo limitado para processamento em larga escala”, diz o texto.
A produção brasileira de limão cresceu 47% nos últimos dez anos, para 1,72 milhão de toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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