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Agricultura Gripe Aviária

Evento mundial discute novas estratégias de combate à gripe aviária

Ao longo de três anos, cerca de 2,5 mil surtos foram registrados nas Américas

10/09/2025 às 08h22
Por: Amanda Lafayette Fonte: Agência Brasil
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Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

Nesta terça-feira (9) em Foz do Iguaçu, Paraná, diversas autoridades, especialistas e representantes do setor privado se reuniram para discutir as estratégias para a prevenção e o controle da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), conhecida como gripe aviária. De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal, desde 2022, foram registrados quase 2,5 mil surtos nas Américas, com 185 casos especificamente no Brasil.

Em maio de 2025, o Brasil enfrentou seu primeiro surto em uma granja comercial, levando ao abate de 17 mil aves em Montenegro, no estado do Rio Grande do Sul. No entanto, em menos de um mês, o problema foi contido, permitindo que o Brasil recuperasse seu status de país livre da doença. Este incidente ilustra os graves impactos que a gripe aviária pode ter, tanto do ponto de vista sanitário quanto financeiro, uma vez que é extremamente contagiosa entre as aves e pode afetar outras espécies. Apesar de os casos em humanos serem raros, a taxa de letalidade é alta.

O evento organizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), irá lançar a nova Estratégia Global 2024–2033 para Prevenção e Controle da IAAP, desenvolvida em conjunto por comitês de trabalho da FAO e da Organização Mundial de Saúde Animal. O objetivo é apoiar a criação e implementação de planos de ação em níveis nacional e regional, além de reduzir o risco de disseminação da doença além das fronteiras, evitando uma possível pandemia global.

Jorge Meza, representante da FAO no Brasil, enfatiza que a comunicação é um fator essencial para o sucesso dessas iniciativas. "Um componente vital de um sistema de segurança e defesa é garantir que todos tenham acesso a um nível adequado de informação e treinamento para agir. Tanto os grandes quanto os pequenos produtores devem estar informados, educados e prontos para responder de forma eficaz a situações de emergência," argumenta.

Meza observa que a luta contra a gripe aviária deve considerar as diversas realidades do Brasil, "não apenas as grandes produções, mas também as variadas práticas de criação de aves." Ele explica que isso abrange tanto as aves em sistemas de confinamento quanto aquelas que têm mais liberdade em pastagens, independentemente da escala de produção, seja média ou pequena.

O representante da FAO também enfatiza que a adesão a boas práticas de produção é crucial para a prevenção e o controle de surtos. Para que todos os produtores possam obter a capacitação necessária, é vital que estejam registrados nas autoridades competentes. "Todo produtor, independentemente do tamanho de sua operação, deve estar cadastrado de alguma forma e ter acesso a uma plafaforma que lhe permita se identificar como produtor, além de receber informações sobre as práticas de uma produção aviária segura, as consequências dessa produção e orientações sobre como agir em situações de risco," finaliza Jorge Meza.


(Foto: Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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