O Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), executado no Piauí pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), visa facilitar o acesso à terra para agricultores familiares por meio de financiamento e, no primeiro semestre de 2025, conseguiu a contratação de mais de 80 propostas e mais de R$ 11 milhões em crédito disponibilizado para compra de terra e para projetos produtivos, totalizando mais de 2 mil hectares contratados para agricultores familiares.
O programa permite que trabalhadores rurais sem terra ou que tenham pouca terra adquiram imóveis rurais, promovendo o fortalecimento da agricultura familiar e a melhoria da qualidade de vida no campo. Este ano, muitos jovens acessaram o programa com interesse em trabalhar na zona rural.
A diretora de Crédito Fundiário da SAF, Sheila Reis, ressaltou que a perspectiva para este ano, até dezembro, é muito boa, e está em consonância com o cronograma de planejamento previsto no início do ano.
“A previsão é de que cheguemos a 180 propostas até o fim do ano. Esse é um programa muito bom que realmente oportuniza aos agricultores familiares acesso a um crédito para compra do imóvel e a estruturação produtiva”, relata a gestora.
O agricultor Edinaldo Abreu foi contemplado com imóvel na comunidade Itaúba, no município de Oeiras. Ele conta que, com a liberação do crédito e dos projetos, ele e outros contemplados da região poderão construir algo para si. “Agora tenho uma propriedade que posso chamar de minha, mesmo tendo que lidar com os custos, sei que é minha de verdade. Nunca tinha conseguido conquistar algo assim antes. Hoje, graças a Deus, tenho minha própria”, completou o agricultor.
Ele já está iniciando a construção do alicerce da casa em seu novo terreno, além das cercas que já foram feitas. O agricultor está concluindo os primeiros passos antes de iniciar sua produção, de fato, no lugar. “Eu ainda moro no terreno de minha mãe, mas o plano é mudar para lá e iniciar minha plantação até o fim do ano”, relata Edinaldo Abreu. Ele deu entrada no processo de compra do novo terreno há dois anos, mas o recebeu apenas dois meses atrás.
No terreno da mãe, de apenas 6 hectares, ele plantava principalmente feijão e milho, além de algumas frutas em menor escala, como melancia. Agora, o plano é iniciar uma produção maior nos 45 hectares da nova propriedade.
O programa vem focando na produção agroecológica, que leva em conta a preservação ambiental.
“Nós estamos orientando todos os técnicos a elaborar propostas produtivas no formato agroecológico para os beneficiários. Estamos trabalhando essa política fortemente aqui no estado, principalmente com capacitações”, finalizou Reis.
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