Teresina, capital do Piauí, segue consolidada como um dos principais polos de saúde do Nordeste. Em 2025, a cidade tem registrado um aumento significativo na procura por atendimento hospitalar por pacientes vindos de fora do estado, especialmente do Maranhão e do Ceará.
Segundo dados da Fundação Municipal de Saúde (FMS), cerca de 58% dos atendimentos realizados na rede pública da capital são destinados a pessoas de outras cidades do Piauí e de estados vizinhos. Esse fluxo elevado tem pressionado a estrutura hospitalar local e motivado pedidos de reforço financeiro ao Ministério da Saúde.
A presidente da FMS, Leopoldina Cipriano, revelou que Teresina gasta atualmente 35% de sua receita com saúde pública, valor que supera em 20 pontos percentuais o mínimo constitucional exigido. Diante desse cenário, a FMS solicitou ao governo federal um repasse mensal de R$ 69 milhões para garantir a manutenção e ampliação dos serviços.
Além da rede pública, hospitais privados como a Unimed Teresina e o Grupo Med Imagem também recebem pacientes de fora do estado. De acordo com o presidente da Unimed, Newton Nunes Filho, 10% dos atendimentos da operadora são realizados em pacientes de outros estados, com destaque para o Maranhão.
O diretor da Humana Saúde, Dr. Marcelo Burlamarque, reforça que Teresina oferece estrutura para procedimentos de média e alta complexidade, o que atrai pacientes de cidades como Timon, Caxias e Bacabal. “A capital tem se mantido como referência regional, mesmo com avanços em outras localidades”, afirma.
A infraestrutura hospitalar da cidade, composta por unidades públicas, privadas e filantrópicas, é considerada um dos principais fatores para essa demanda interestadual. Desde os anos 1990, Teresina tem investido na criação de quarteirões especializados em saúde, com clínicas e hospitais que oferecem desde consultas básicas até tratamentos complexos como oncologia, cardiologia e neurologia.
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