Os estoques globais de suco de laranja brasileiro em posse das empresas associadas à CitrusBR (Louis Dreyfus, Cutrale e Citrosuco) alcançaram 146,3 mil toneladas em 30 de junho de 2025, em FCOJ equivalente a 66° Brix. Esse volume representa um crescimento de 25,4% em relação ao no mesmo período do ano anterior.
Apesar da recuperação, a entidade reforça que os níveis seguem entre os mais baixos da série histórica, mantendo um quadro de oferta global restrita. A safra 2024/25 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro foi encerrada com 230,9 milhões de caixas de 40,8 quilos, a menor produção em mais de três décadas e 21,8% inferior à safra anterior.
O volume de frutas processadas somou 194,8 milhões de caixas, uma retração de 27,3% em comparação ao ciclo passado. Apesar do menor volume, houve melhora de 7,1% no rendimento industrial, que alcançou 276,9 caixas por tonelada de suco concentrado e congelado (FCOJ) equivalente a 66° Brix.
Com isso, a produção total de suco foi estimada em 703,2 mil toneladas, queda de 21,8% frente às 898,7 mil toneladas do ciclo anterior.
O novo ciclo iniciou com duas floradas predominantes, segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), sendo a segunda a mais relevante para a formação da safra. As condições climáticas entre janeiro e março apresentaram chuvas abaixo da média, e a maturação da fruta tem ocorrido de forma mais lenta.
Mesmo com esse início mais frio e seco, as previsões apontam melhora gradual das condições qualitativas dos frutos a partir do último trimestre de 2025. A expectativa é de avanço no ratio (relação Brix/acidez) e ganhos sensoriais e físico-químicos para o suco que chegará ao mercado nos próximos meses.
O greening segue como fator de atenção, mas o cenário atual indica perspectivas mais positivas para a qualidade da produção.
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