Terça, 16 de Dezembro de 2025
29°

Parcialmente nublado

Teresina, PI

Educação Salário docente

Cálculo do piso nacional dos professores para 2026 é desanimador

Percentual foi de 0,86%; Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação avaliam o cenário como inaceitável.

16/12/2025 às 08h21
Por: Amanda Lafayette Fonte: Conecta Professores
Compartilhe:
Foto: Reprodução/ José Cruz/ Agência Brasil
Foto: Reprodução/ José Cruz/ Agência Brasil

De acordo com projeções baseadas na legislação, o piso nacional do magistério em 2026 deve ficar em torno de 0,85%. O percentual é considerado insuficiente para recompor perdas inflacionárias e garantir a valorização do docente.

Para compreender o reajuste previsto para 2026, é preciso recorrer à Lei nº 11.738/2008. 

Ela determina que o piso salarial nacional do magistério seja reajustado anualmente com base na variação do Valor Aluno Ano do Fundeb (VAAF).

O VAAF é um indicador que expressa quanto cada aluno representa, em média, no financiamento da educação básica pública.

Em termos práticos:

  • Quando o VAAF cresce, o piso tende a subir;
  • Quando o VAAF estagna ou recua, o reajuste do piso fica limitado.

Na prática, porém, pequenas oscilações no indicador podem gerar impactos na remuneração dos professores. Entre abril e agosto de 2025, o VAAF apresentou uma leve, porém relevante, retração: passou de R$ 5.699,17 para R$ 5.697,00.

Redução

A diferença parece mínima, mas foi suficiente para reduzir drasticamente a projeção de aumento do piso. Como o fundo depende diretamente da atividade econômica, qualquer retração do PIB tende a limitar o crescimento de seus recursos.

O resultado é um reajuste projetado de apenas 0,85% para 2026, percentual que preocupa especialistas e sindicatos. Caso a projeção se confirme, o impacto no bolso do professor será modesto. 

Para uma jornada de 40 horas semanais, o piso nacional passaria de R$ 4.867,77 para aproximadamente R$ 4.909,15, um aumento mensal em torno de R$ 41.

Entidades como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) avaliam o cenário como inaceitável. O argumento é que um reajuste inferior a 1% não repõe a inflação acumulada e não representa ganho real.

A CNTE defende que o reajuste deixe de depender exclusivamente do VAAF e passe a garantir, no mínimo, a reposição inflacionária anual, com possibilidade de ganho real.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Ele1 - Criar site de notícias