
Eduardo Alves da Luz foi condenado na terça-feira (18) a 10 anos de prisão por tentativa de homicídio qualificado. Ele atacou a ex-mulher, Joana Darck Alencar, com oito facadas em 7 de dezembro de 2023, na avenida principal do bairro Parque Piauí, Zona Sul de Teresina. O crime foi registrado por uma câmera de segurança e gerou grande repercussão.
Segundo o advogado de Eduardo, Antônio Dario Nogueira, o júri popular considerou o réu culpado pela tentativa de homicídio com a qualificadora de feminicídio, já que o crime ocorreu antes da lei que tornou o feminicídio um crime autônomo, sancionada em outubro de 2024. A defesa afirmou que vai recorrer da decisão para reduzir a pena, alegando que Eduardo não possui antecedentes criminais e está preso há dois anos na Cadeia Pública de Altos, onde presta serviços. O advogado declarou que não houve intenção de matar, apenas lesão corporal leve, conforme laudo médico, e que o réu teria desistido voluntariamente de consumar o crime.
A mãe de Joana esteve presente no julgamento e relatou que a filha se mudou para outro estado há um ano, após sofrer intensas crises de pânico. Ela afirmou que a filha ainda enfrenta dificuldades emocionais e pediu justiça para que Eduardo pague pelo que fez. Familiares, incluindo primos e outros parentes, também acompanharam o julgamento, que se estendeu até a noite de terça-feira.
Eduardo foi preso em 12 de dezembro de 2023, cinco dias após o crime, quando se apresentou ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Teresina. De acordo com a delegada Nathália Figueiredo, da Delegacia de Feminicídio do DHPP, Joana vivia um relacionamento abusivo com o réu. Ela já havia denunciado o ex-marido duas vezes por agressões, mas ele não compareceu às convocações da polícia.
Uma colega de trabalho de Joana relatou que a vítima já havia contado sobre o relacionamento abusivo e a separação. Foi essa amiga quem a levou ao hospital após o ataque, descrevendo que Joana estava ensanguentada e dizia ter medo de morrer. A delegada destacou que a vítima vivia em um contexto de controle e abusividade, chegando a não possuir aparelho celular porque o agressor não permitia que ela tivesse contato com redes sociais.
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