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Saúde Vacina Covid-19

Vacinação contra a covid reduz risco de covid longa e complicações cardíacas, aponta consenso europeu

Documento reforça importância das doses de reforço, sobretudo para grupos de risco

19/09/2025 às 08h15
Por: Amanda Lafayette Fonte: Agência Brasil
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Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

A vacinação contra a covid-19 protege não apenas contra casos graves da doença, mas também contra a covid longa e complicações cardiovasculares associadas ao vírus. A conclusão faz parte de um consenso clínico publicado nesta quinta-feira (18) na Revista Europeia de Cardiologia Preventiva, elaborado por cinco entidades médicas da área cardíaca da Europa.

Segundo o texto elaborado por cinco entidades médicas da área cardíaca europeias, "A vacinação continua sendo a pedra angular da prevenção, reduzindo significativamente a gravidade da covid-19 aguda e diminuindo o risco de covid longa em mais de 40% em indivíduos vacinados com duas doses, em comparação com os não vacinados".

Riscos cardíacos

O documento alerta que pessoas que tiveram covid têm até quatro vezes mais risco de desenvolver complicações cardiovasculares, como miocardite, pericardite, infarto, AVC, trombose e embolia pulmonar. Esse risco pode durar até três anos após a infecção.

Estima-se que 100 milhões de pessoas em todo o mundo vivam hoje com covid longa, sendo 5 milhões com sintomas cardíacos, como falta de ar, arritmia, fadiga e tontura. Idosos, mulheres e pessoas com comorbidades devem ser monitorados com mais atenção, "possibilitando intervenções mais antecipadas".

Vacinas seguem essenciais

Mesmo os raros efeitos adversos da vacinação — como miocardite, registrada em apenas 54 casos entre 2,5 milhões de vacinados — foram em sua maioria leves e de curta duração. "Apesar do risco raro de eventos adversos, as vacinas contra a covid-19 reduzem significativamente a gravidade da doença aguda e da covid longa", conclui o documento.

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, reforça: "A covid-19 leva a miocardite com uma frequência maior e com uma gravidade também muito mais avançada", diz ele, que relembra quais pessoas ainda precisam se vacinar: "indivíduos acima de 60 anos devem receber duas doses todos os anos com intervalo de 6 meses entre elas, assim como os imuno-comprometidos de qualquer idade. Gestantes devem ser vacinadas em toda gestação. Indivíduos com doenças crônicas devem tomar uma dose anualmente."

Crianças também devem ser vacinadas

Desde 2024, a vacina contra a covid faz parte do calendário básico de vacinação infantil, com a primeira dose indicada aos seis meses.

"O esquema completo vai garantir a preparação do sistema imunológico da criança para que ela, ao se expor ao vírus, já tenha construído uma resposta imune que a impeça de desenvolver formas graves da doença. Hoje, as maiores incidências de hospitalização por COVID-19 estão concentradas nos idosos e nas crianças menores de cinco anos", alerta Kfouri.

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