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Saúde Vacinação

VSR: Brasil produzirá vacina contra bronquiolite e oferta no SUS inicia em novembro

Medicamento contra esclerose múltipla também será produzido no país

11/09/2025 às 08h13
Por: Amanda Lafayette Fonte: Agência Brasil
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Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

Nesta quinta-feira (10), o Ministério da Saúde divulgou uma colaboração para a transferência de tecnologia entre o Instituto Butantan e a empresa farmacêutica Pfizer, a fim de facilitar a produção local da vacina para o vírus sincicial respiratório (VSR), que é uma das principais responsáveis por infecções respiratórias severas em recém-nascidos, como a bronquiolite.

Estima-se que as primeiras 1,8 milhão de doses sejam disponibilizadas até o final do ano. Em fevereiro, a pasta já havia anunciado a inclusão do imunizante no Sistema Único de Saúde (SUS). Com este acordo, a distribuição da vacina para VSR no sistema público, visando gestantes e recém-nascidos, deve iniciar na segunda metade de novembro.

Gestantes a partir da 28ª semana de gestação devem ser vacinadas com uma única dose. Conforme indicado pelo ministério, a vacinação materna promove a transferência de anticorpos ao bebê, ajudando na proteção nos primeiros meses após o nascimento, que é o período mais crítico à infecção por VSR.

Segundo dados do ministério, o vírus é responsável por 80% dos casos de bronquiolite e 60% dos casos de pneumonia em crianças com menos de 2 anos. Para cada cinco crianças que contraem a infecção, uma precisa de atendimento ambulatorial, enquanto em média uma a cada 50 acaba sendo hospitalizada no primeiro ano de vida.

Dados da pasta também revelam que, no Brasil, cerca de 20 mil bebês com menos de um ano são internados todo ano. O risco é mais alto para os prematuros, que têm uma taxa de mortalidade sete vezes superior à dos bebês nascidos a termo, que correspondem a 12% dos nascimentos no país.

“A vacina pode evitar cerca de 28 mil internações anualmente, proporciona proteção imediata aos recém-nascidos e beneficiará cerca de 2 milhões de bebês que nasceram vivos”, afirmou o comunicado.

O Brasil iniciará a produção do natalizumabe, um medicamento biológico usado para tratar a esclerose múltipla, em parceria de desenvolvimento produtivo (PDP). Segundo o ministério, a transferência de tecnologia será realizada pela farmacêutica Sandoz para o Instituto Butantan.

“A vulnerabilidade do país na disponibilidade de insumos durante a pandemia de covid-19 e os recentes episódios relacionados à imposição de tarifas abusivas sobre as exportações brasileiras ressaltam a relevância da soberania do SUS para assegurar o acesso da população a medicamentos e tratamentos”, comentou a pasta em nota.

O natalizumabe é destinado a pacientes com a forma remitente-recorrente de alta atividade, que representa cerca de 85% dos casos e que não tiveram resposta adequada a outros tratamentos. O medicamento está disponível no SUS desde 2020, mas atualmente existe apenas um fabricante com registro no país.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, principalmente em adultos jovens com idades entre 18 e 55 anos. A doença se caracteriza pela desmielinização da bainha de mielina, que é fundamental para a condução dos impulsos elétricos que regulam as funções do corpo.

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