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Economia Mercado do Arroz

Conab destina R$ 300 milhões para compra de arroz e reforça contratos de opção de venda

Nova rodada deve garantir cerca de 200 mil toneladas da safra 2025/2026; medida busca preços mais justos ao produtor e estabilidade ao consumidor.

03/09/2025 às 09h06
Por: Amanda Lafayette Fonte: Portal R7
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Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou, nesta segunda-feira (1º), a destinação de mais R$ 300 milhões para a compra de arroz por meio dos Contratos de Opção de Venda (COV). O volume garantirá a aquisição de aproximadamente 200 mil toneladas do grão da safra 2025/2026.

O anúncio foi feito pelo presidente da Conab, Edegar Pretto, durante evento agropecuário em Esteio (RS). Segundo ele, o mecanismo funciona como uma espécie de seguro de preços, dando previsibilidade ao produtor. “É a mão amiga do governo federal, sinalizando a opção de venda por um preço que viabiliza economicamente o cultivo e garante segurança para o planejamento da lavoura”, afirmou.

Na prática, o COV assegura ao produtor o direito — mas não a obrigação — de vender arroz ao governo por um valor previamente definido. Caso o mercado ofereça preços mais vantajosos, o produtor pode optar por não executar o contrato, sem custos adicionais. Se vender à Conab, o grão será incorporado aos estoques públicos, utilizados em situações de crise ou para evitar oscilações bruscas de preços ao consumidor.

Os detalhes da nova operação — como valores de referência, datas de negociação e vencimento dos contratos — serão publicados em portaria interministerial e editais da estatal.

Esta é a terceira rodada de COV lançada em menos de um ano, somando até agora cerca de R$ 1,5 bilhão em recursos. No fim de 2024, a Conab anunciou quase R$ 1 bilhão para 500 mil toneladas da safra 2024/2025, com preço sinalizado acima de R$ 87 por saca de 50 quilos. Na ocasião, 91 mil toneladas foram negociadas e parte já compõe os estoques públicos.

Em junho de 2025, a companhia lançou nova rodada em resposta à queda de mais de 42% no preço do arroz entre outubro de 2024 e junho deste ano, quando a saca chegou a R$ 65,46. Na segunda operação, os preços de referência ficaram em torno de R$ 74, com adesão quase total e a negociação de 109,2 mil toneladas.

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