
O fluxo intenso de participantes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, foi interrompido por volta das 14h desta quinta-feira (20), quando gritos de "fire" começaram a ecoar pelos corredores da Zona Azul, área oficial de negociações do evento. Equipes de segurança e bombeiros civis orientaram a evacuação imediata, causando correria e momentos de tensão.
A Zona Azul é extensa, com mais de 1 km entre o portão principal e as últimas salas de reunião, o que dificultou o entendimento rápido da situação. O foco do incêndio ocorreu no Pavilhão dos Países, próximo ao estande da China, localizado perto da entrada principal da COP30. As chamas atingiram o material de revestimento dos estandes e consumiram a cobertura de pano. O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que o material utilizado é antichamas e resistente ao fogo.
Resposta rápida dos bombeiros
O Corpo de Bombeiros do Pará, que possui uma base em frente ao local, informou que o fogo foi controlado em apenas seis minutos. A operação mobilizou 244 extintores, mangueiras e 56 agentes. As causas do incêndio ainda serão investigadas, mas a suspeita inicial é de que um equipamento eletrônico possa ter provocado o incidente.
Por volta das 15h, o governador Helder Barbalho anunciou nas redes sociais que a situação estava controlada.
"As equipes agiram rapidamente para evacuar a área e o Corpo de Bombeiros está trabalhando no rescaldo do fogo. A brigada foi acionada pela ONU Brasil, responsável pela gestão do espaço durante a conferência", informou.
A organização da COP30 confirmou que 13 pessoas foram atendidas por inalação de fumaça. "Seus estados de saúde seguem sendo monitorados e o suporte médico apropriado foi fornecido."
Como medida de precaução, o governo brasileiro e a UNFCCC decidiram fechar temporariamente a Zona Azul para uma avaliação completa de segurança. "Solicita-se aos delegados que aguardem uma nova comunicação oficial, que será divulgada às 20h desta noite, após a conclusão da avaliação e a plena garantia de segurança no local. Agradecemos a cooperação e compreensão de todos os participantes, enquanto priorizamos a segurança de todos os envolvidos", diz o comunicado.

(Foto: Reprodução/Bruno Peres/Agência Brasil)
Evacuação e suspensão de atividades
Logo após o início do fogo, os seguranças iniciaram o protocolo de evacuação. As pessoas foram orientadas a sair pela lateral e dirigidas ao lado externo do Parque da Cidade, onde ocorre o evento. Houve um princípio de confusão, rapidamente controlado. A orientação seguinte foi para que todos se encaminhassem aos ônibus rumo aos locais de alojamento.
Na Zona Verde, onde ocorrem eventos da sociedade civil, a programação foi cancelada e a área também passou por evacuação.
Depoimentos de quem presenciou a correria
O voluntário Mateus Eulan, que voltava do almoço, relatou ter ouvido gritos de "fire" e recordado o treinamento prévio.
"Pessoal correndo, aí escutei 'fire' e entendi que era fogo. Segui o protocolo e saí junto com todo mundo, em tranquilidade. É o protocolo básico: está havendo fogo, evacua e deixa os profissionais trabalharem, até para não impedir eles de irem aonde precisam ir", declarou à reportagem da Rádio Nacional.
O voluntário Ousmane Kava estava a cerca de 20 ou 30 metros do local, no pavilhão da Libéria.
"Não era visível o fogo pra mim, mas depois ouvi bastante barulho. Fiquei assustado, as pessoas correndo e gritando 'fire', 'fire'. E fui correndo. Não consegui ajudar muita gente, mas os bombeiros são treinados para isso. Graças a Deus todo mundo conseguiu evacuar em tempo. Passou um filme na cabeça. Pensei que fosse acontecer algo mais grave, mas o fogo foi controlado e todo mundo saiu em segurança."
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