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Piauí vai construir mais de 20 mil cisternas para garantir água e fortalecer a agricultura familiar

Governo estadual amplia investimentos em infraestrutura hídrica e programas sustentáveis para enfrentar a seca e melhorar a vida das famílias do semiárido

14/10/2025 às 09h28 Atualizada em 14/10/2025 às 11h22
Por: Amanda Lafayette Fonte: Piauí Hoje
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O Governo do Piauí está ampliando os investimentos em infraestrutura hídrica com o objetivo de reduzir os efeitos da seca e melhorar a qualidade de vida das famílias do semiárido. Em entrevista, a secretária da Agricultura Familiar, Rejane Tavares, anunciou que o estado deve construir mais de 20 mil cisternas nos próximos meses.

O total será alcançado com a soma de diferentes projetos em andamento e previstos:

  • Em construção: mais de 4.300 cisternas, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social;
  • Início iminente (2025): outras 500 unidades, dentro do programa Piauí Sustentável;
  • Em licitação: nova etapa para 4 mil cisternas, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

Segundo a secretária, o número final ultrapassará 20 mil unidades, somando também as cisternas já construídas pelo governo e pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).

Os investimentos incluem dois tipos principais de cisternas, com acompanhamento técnico e capacitação para o uso racional da água:

  • Cisternas de Primeira Água (16 mil litros): voltadas ao consumo doméstico;
  • Cisternas de Segunda Água ou Calçadão (56 mil litros): destinadas à produção de hortas e criação de animais.

Além das obras, o governo também aposta em programas de longo prazo voltados à sustentabilidade rural, como o Piauí Sustentável e Inclusivo e o Pilares do Desenvolvimento, que juntos somam cerca de R$ 1 bilhão em investimentos. A meta é beneficiar 20 mil famílias, com assistência técnica por até três anos e incentivo ao uso de tecnologias adaptadas às mudanças climáticas.

A secretária Rejane Tavares enfatizou a necessidade de criar uma nova cultura de convivência com o semiárido, baseada na sustentabilidade e conscientização ambiental. Ela destacou práticas como:

  • Reflorestamento e recuperação de nascentes.
  • Combate às queimadas e reuso de água.
  • Conscientização sobre o solo: Rejane ressaltou que a folha seca é uma cobertura natural que protege o solo contra a erosão e ajuda a manter a umidade, sendo um erro varrer e queimar esse material.

Para enfrentar a estiagem atual, o governador Rafael Fonteles criou um gabinete de crise que reúne várias secretarias, entre elas Agricultura Familiar, Meio Ambiente, Assistência Social e Defesa Civil.

As principais ações incluem o abastecimento emergencial de água, envio de carros-pipa — em parceria com a Águas do Piauí —, distribuição de cestas básicas e auxílio financeiro para agricultores que tiveram prejuízos com a seca.

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