A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) foi solta nesta sexta-feira (10) em Teresina após o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) revogar sua prisão domiciliar. A decisão, assinada pelo juiz José Maria de Araújo Costa, considerou que manter sua prisão configurava "constrangimento ilegal", já que ela estava presa há mais de seis meses e há dúvidas sobre a licitude das provas usadas no processo.
Tatiana é acusada de participar de organização criminosa e corrupção eleitoral, após uma operação da Polícia Federal que apontou financiamento ilícito da campanha dela por uma facção criminosa nas eleições de 2024.
Com a revogação da prisão, ela poderá retornar à Câmara Municipal de Teresina, onde estava afastada. Porém, precisará cumprir medidas cautelares, que incluem:
1. Acesso restrito à internet por apenas um aparelho específico (computador ou celular), com permissão só para sites autorizados como sistemas legislativos e redes sociais institucionais.
2. Proibição de contato com outros investigados, testemunhas e servidores ligados ao caso.
3. Revisão dessas medidas em 90 dias, com possibilidade de revogação da soltura se descumpridas.
Além disso, a prisão domiciliar foi convertida em recolhimento noturno, permitindo que Tatiana saia durante o dia para trabalhar e tratar de saúde. O afastamento do mandato foi cancelado, possibilitando sua participação nas atividades da Câmara.
A decisão também reconheceu que houve anulação de provas fundamentais para a prisão, o que enfraqueceu o pedido de manutenção da custódia. O caso segue em investigação, com o Ministério Público Eleitoral revisando provas.
Tatiana foi presa inicialmente em abril de 2025, e passou para prisão domiciliar em junho por problemas de saúde.
(Foto: Reprodução/Ascom)
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