Felipe Alexandre Wagner, assessor da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi exonerado do cargo comissionado que ocupava após ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). A exoneração foi oficializada no Diário Oficial da União.
Segundo as investigações, Felipe atuava em inquéritos envolvendo autoridades públicas e é suspeito de repassar informações internas da PGR para os próprios investigados. Os vazamentos teriam favorecido alvos de apurações no estado do Tocantins.
Durante a operação realizada na sexta-feira (19/9), a PF apreendeu o celular e o notebook do assessor. A ação foi autorizada a pedido da própria PGR e faz parte da Operação Sisamnes, que investiga esquemas de venda de decisões judiciais e violação de sigilo funcional.
O nome de Felipe surgiu em uma conversa interceptada entre o prefeito de Palmas, José Eduardo de Siqueira Campos (Podemos), e Thiago Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa Castro (Republicanos). Ambos são investigados por suspeita de desvio de recursos públicos.
A operação foi solicitada pela própria PGR, que identificou acessos indevidos de Felipe a documentos sigilosos. Até o momento, a PGR e a PF não se pronunciaram oficialmente, e a defesa do ex-assessor não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.
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