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Saúde Vacina HPV

Governo amplia mobilização de vacina contra HPV em jovens até dezembro

Em 2024, o Brasil alcançou mais de 82% de cobertura vacinal contra o HPV entre meninas de 9 a 14 anos; A meta é alcançar cerca de 7 milhões de jovens.

12/09/2025 às 08h16
Por: Amanda Lafayette Fonte: Agência Brasil
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Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

O Ministério da Saúde estendeu até dezembro a mobilização para a vacinação de jovens de 15 a 19 anos contra o HPV. O objetivo é atender aproximadamente 7 milhões de jovens que não foram vacinados na faixa etária indicada, de 9 a 14 anos.

Em comunicado, a pasta afirmou que a iniciativa conta com a colaboração de estados e municípios e que, para aumentar o acesso, a vacina está sendo disponibilizada em unidades básicas de saúde, além de escolas, instituições de ensino superior, ginásios e shoppings.

“A vacina contra o HPV é segura e essencial para a prevenção de cânceres, como os de colo do útero, vulva, pênis, garganta e pescoço. As iniciativas de resgate têm como meta garantir que todos os jovens dessa faixa etária sejam vacinados, visando proporcionar um futuro mais saudável para as gerações futuras.”

Informações do ministério indicam que até o começo deste mês, mais de 115 mil adolescentes foram vacinados nesta nova fase da estratégia. Os estados com maior número de vacinados são Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

Em 2024, o Brasil alcançou mais de 82% de cobertura vacinal contra o HPV entre meninas de 9 a 14 anos, um percentual superior à média mundial de 37%. Entre os meninos da mesma faixa etária, a cobertura ficou em 67%.

Desde o ano passado, o Brasil implementou um esquema de dose única para a vacinação contra o HPV em crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, substituindo o modelo anterior que exigia duas doses. Segundo o ministério, essa medida segue as diretrizes internacionais e reafirma o compromisso do país de eliminar o câncer cervicouterino até 2030.

Para indivíduos com imunidade comprometida, como aqueles que vivem com HIV/aids e pacientes oncológicos ou transplantados, o protocolo contra o HPV continua sendo de três doses. A mesma regra se aplica a usuários de profilaxia pré-exposição (PrEP) com idade entre 15 e 45 anos, além de vítimas de violência sexual a partir dos 15 anos.

O HPV, ou papilomavírus humano, afeta a pele e as mucosas. Atualmente, é a infecção sexualmente transmissível mais dominante globalmente. Existem mais de 200 tipos de HPV, alguns dos quais causam verrugas genitais, enquanto outros estão ligados a cânceres, como os do colo do útero, ânus, pênis, boca e garganta.

Conforme o Ministério da Saúde, a vacinação, oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é considerada a forma mais eficaz de prevenção contra o HPV, especialmente quando combinada com o uso de preservativos, que ajudam a diminuir o risco de infecção.

Na maioria das pessoas, a infecção não provoca sintomas. Em certos casos, o HPV pode permanecer sem aparecer de meses a anos, sem demonstrar sinais visíveis ou subclínicos.

As primeiras manifestações da infecção costumam aparecer entre dois e oito meses, mas podem levar até 20 anos, sendo mais frequentes em gestantes e em indivíduos com a imunidade reduzida. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão observada.

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