O brasileiro está pagando mais que o dobro pelo café em 2025 em comparação ao valor desembolsado três anos atrás. A constatação é de um estudo divulgado nesta quarta-feira (10) pela empresa de benefícios corporativos VR, que analisou mais de cinco milhões de notas fiscais emitidas por três milhões de usuários do aplicativo da companhia.
Segundo o levantamento, entre 2022 e 2025, o preço médio pago pelo consumidor aumentou 108%, apesar de sinais recentes de estabilização. O café moído de 500g, principal responsável pela disparada, registrou em agosto queda de preço: após custar R$ 29,66 em julho, passou para R$ 29,09 e, em seguida, para R$ 28,80 na primeira semana do mês. Mesmo assim, o produto acumulou alta de 109% no período, saltando de R$ 14,20 em maio de 2022 para R$ 29,71 em maio de 2025.
O café em pó de 250g também apresentou retração: de R$ 21,03 em junho para R$ 20,23 em agosto. Já o café solúvel atingiu o maior patamar da série histórica, com preço médio de R$ 13,50 no último mês. A única categoria que mostrou redução mais consistente foi a de cápsulas.
De acordo com a pesquisa, a combinação de fatores como clima adverso, aumento dos custos de produção, exportações recordes e diminuição da oferta global tem pressionado o mercado. A escassez de chuvas nos últimos anos reduziu a produtividade das lavouras e derrubou os estoques internos a níveis historicamente baixos, elevando os preços desde a saída do campo. A seca também exigiu mais cuidados nas plantações, o que encareceu ainda mais o processo produtivo.
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