O Brasil se consolidou de vez como um dos principais destinos do capital chinês no cenário internacional. De acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira (4), o país recebeu US$ 4,2 bilhões em investimentos diretos vindos da China em 2024, o que representa o dobro do registrado em 2023.
Com esse desempenho, o Brasil passou a ocupar a terceira posição entre os maiores receptores de capital chinês no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Austrália. A tendência reforça a importância estratégica do Brasil nas relações comerciais entre Pequim e a América Latina.
Os setores mais beneficiados pelos aportes chineses foram energia renovável, infraestrutura e tecnologia, áreas consideradas prioritárias para os planos de expansão do governo chinês. Especialistas em comércio exterior destacam que o movimento pode ampliar a dependência do Brasil em relação ao capital estrangeiro, mas também representa uma oportunidade de modernização para a economia nacional.
O governo federal comemorou os números, ressaltando que o país se torna cada vez mais atrativo para investidores globais. No entanto, analistas alertam para os desafios de equilibrar essa aproximação com a China sem gerar tensões comerciais com os Estados Unidos e a União Europeia.
"É uma tendência por causa dessas tensões geopolíticas", disse ele.
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