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Polícia conclui segunda fase de operação sobre bebidas adulteradas e aponta frieza de suspeita presa em São Paulo

Delegado afirma que mulher responsável por fábrica clandestina que causou mortes por metanol “não mostra arrependimento”

18/10/2025 às 07h58
Por: Amanda Lafayette Fonte: Metrópoles
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Foto: Reprodução/Governo de São Paulo
Foto: Reprodução/Governo de São Paulo

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Artur Dian, afirmou que Vanessa Maria da Silva, apontada como dona de uma fábrica clandestina responsável pela contaminação por metanol que levou à morte de pelo menos três pessoas, “é uma pessoa muito fria nas palavras e não mostra arrependimento”.

A declaração foi feita durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (17), quando a polícia apresentou a conclusão da segunda fase da operação que investiga os casos de intoxicação por bebidas adulteradas no estado.

Vanessa foi presa na última sexta (10), quando a fábrica clandestina da família, localizada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, foi interditada.

De acordo com as investigações, a unidade é diretamente responsável pela contaminação de Ricardo Mira e Marcos Antônio Jorge Junior, as duas primeiras vítimas fatais por ingestão de bebidas com metanol no Brasil. Um terceiro homem, que ficou cego e segue internado na UTI, também consumiu uma garrafa adulterada em um bar no Planalto Paulista, zona sul da capital.

Segundo a polícia, Vanessa e seus familiares compravam etanol em dois postos de combustíveis, localizados em Santo André e São Bernardo do Campo, para adulterar as bebidas que vendiam. O marido de Vanessa é apontado como uma “pessoa conhecida” no ramo de falsificação de bebidas.

Os postos citados não pertencem à mesma rede e não foram alvos da operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, que investigou adulteração de combustíveis com metanol. A Polícia Civil de São Paulo descartou envolvimento do crime organizado nos casos de intoxicação.

O marido e o pai de Vanessa já têm antecedentes criminais por falsificação de bebidas, mas apenas ela permanece presa desde o início da operação, em 10 de outubro. A família contava com o apoio de um garrafeiro, identificado por transferências bancárias que comprovam a compra de etanol em um dos postos investigados.


(Foto: Reprodução/Governo de São Paulo)


(Foto:Reprodução/Governo de São Paulo)

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