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Crime da 113 Sul: Após passar 15 anos na Papuda, condenado como executor é inocentado e solto

Mairlon deixou a penitenciária, às 0h15 desta quarta-feira (15). Bastante emocionada, a família de Mairlon o aguardava na porta do presídio.

15/10/2025 às 10h26
Por: Amanda Lafayette Fonte: G1
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Foto: Reprodução/Globoplay
Foto: Reprodução/Globoplay

Após 15 anos cumprindo pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, Francisco Mairlon Barros Aguiar teve o alvará de soltura expedido nessa terça-feira (14). O processo que o condenou, como acusado no Crime da 113 Sul, foi anulado pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Mairlon deixou a penitenciária, às 0h15 desta quarta-feira (15). Bastante emocionada, a família de Mairlon o aguardava na porta do presídio.
Com um sorriso no rosto, ele foi questionado sobre a sensação de respirar o ar fora dos muros da penitenciária. Emocionado, disse não estar “nem acreditando”.

“É o dia mais feliz da minha vida. Muita gratidão a todas as pessoas que não desistiram de mim. Família, amigos. Eu não sei nem o que falar, porque é um momento de êxtase, que ninguém pode imaginar. Foram obstáculos e adversidades que eu tive de passar aqui dentro. E ser bastante resiliente com as coisas que aconteceram”, declarou.

Mairlon agradeceu aos ministros do STJ, que, decidiram nessa terça-feira pela anulação do processo em que ele foi condenado. A Corte determinou a soltura imediata do homem, que completaria 15 anos preso no mês que vem.

“De coração, agradeço aos ministros que votaram. Ao erro que eles repararam. Era para os que estavam antes terem reparado o erro e não repararam. Foram vocês. Muita gratidão”, desabafou.

Francisco Mairlon foi condenado a 47 anos, 1 mês e 10 dias de prisão acusado de participar do triplo homicídio do casal José e Maria Villela e da funcionária da família Francisca Nascimento Silva.

À época do crime, Francisco foi preso após ser citado pelos dois executores confessos do crime, o porteiro Leonardo Campos Alves e Paulo Cardoso Santana. Porém, anos depois, Paulo Santana modificou o depoimento dado à polícia em 2010 e assegurou que Francisco Mairlon Barros não participou dos homicídios.

A ONG The Innocence Project, iniciativa voltada a revisitar casos envolvendo condenações de inocentes, apresentou um Recurso Especial no STJ e conseguiu anular a condenação.

Irmãos de Mairlon se abraçam
Irmãos de Mairlon se abraçam
(Foto: Reprodução/Daniel Ferreira/Metrópoles)
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