A confirmação da presença do Pequeno Besouro das Colmeias (Aethina tumida), nos municípios de Conde e Jandaíra, na Bahia, acendeu um alerta para a produção de mel no Nordeste. O inseto se alimenta de mel, pólen e crias, promovendo a fermentação do mel e a destruição dos favos. Infestações severas podem levar ao enfraquecimento e até ao abandono da colmeia pelas abelhas.
A praga, originária da África subsaariana, foi registrada pela primeira vez no Brasil em 2016, em São Paulo. Agora, sua expansão para o Nordeste preocupa técnicos e apicultores, pela ameaça direta às colmeias.
De acordo com especialistas, o controle preventivo é a forma mais eficiente de combate: manter colmeias fortes, eliminar frestas, gerenciar corretamente a alimentação artificial e processar o mel rapidamente.
A Secretaria de Agricultura de Sergipe publicou nota oficial e chama a atenção dos produtores sergipanos, já que os municípios com incidência da praga estão localizados na divisa com o Estado. A orientação é qualquer suspeita seja notificada imediatamente aos órgãos de defesa sanitária, já que não há antibióticos autorizados para abelhas no Brasil.
“A proximidade dos focos na Bahia exige atenção redobrada dos apicultores sergipanos. O monitoramento contínuo e a adoção de boas práticas de manejo são considerados a linha de frente na defesa da produção de mel e derivados”, diz o texto.
Os principais sinais da presença do inseto são a visualização de besouros adultos, pequenos e escuros, e de larvas que escavam túneis nos favos, deixando cheiro fermentado e escorrimento de mel.
Para a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Aparecida Andrade, o alerta é urgente. “Estamos diante de uma ameaça séria para a apicultura. A chegada do Pequeno Besouro das Colmeias, na região vizinha, coloca Sergipe em risco, e somente com vigilância ativa e notificação imediata poderemos agir rápido”, destacou.
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