O cenário das principais commodities agrícolas no Brasil segue com relativa estabilidade, segundo análise da consultoria Markestrat. A recomendação é que os produtores redobrem a atenção às condições climáticas e às oscilações do mercado internacional.
No caso da soja, os preços futuros tiveram leve valorização no mês, enquanto o mercado físico ficou praticamente estável. O resultado reflete a transição entre a safra encerrada e a expectativa pelo início do plantio. A consultoria alerta que “a indefinição climática no Centro-Oeste, com possibilidade de atraso das chuvas, preocupa e pode postergar a semeadura, afetando cronogramas de produção.”
A Markestrat reforça ainda que os produtores devem observar a formação de custos da nova safra, levando em conta os riscos climáticos e as incertezas regulatórias.
No milho, a safra 2024/25 encerrou com preços físicos em leve recuperação mensal, mas com contratos futuros em queda, pressionados pelo cenário externo. Nos Estados Unidos, o avanço de doenças na lavoura ameaça a produtividade, o que pode sustentar prêmios internacionais. Para os brasileiros, a consultoria destaca que “para o produtor brasileiro, o cenário demonstra a importância de monitorar a correlação entre biocombustíveis e exportações, buscando capturar oportunidades diante da volatilidade externa.”
Já no mercado de café, o arábica acumula ganhos expressivos no mês (+22,83%) e alta semanal de 1,43%. O robusta, por sua vez, registrou queda pontual de 0,66% no mercado físico na última semana, mas mostra recuperação nos contratos futuros.
Segundo a Markestrat, a estabilidade em Nova York indica acomodação nos preços, mas a volatilidade pode retornar com fatores climáticos e de produtividade. “O fluxo de exportações brasileiras permanece robusto, consolidando receita cambial relevante e reforçando a confiança do mercado externo”, destacou a Markestrat.
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