Um levantamento realizado pela MSD Saúde animal em janeiro deste ano identificou que uma boa parte dos suinocultores brasileiros não conseguem garantir boas práticas de vacinação em suas propriedades. O estudo utilizou a ferramenta PigCare AUDVAC, um aplicativo que permite a realização de auditorias com base em um checklist de boas práticas para avaliar 765 vacinadores e 401 leitegadas, totalizando 498.151 animais, sendo 12,54% do plantel reprodutivo e 87,46% entre lactantes, animais em fase de creche e em terminação.
As auditorias analisaram 19 tópicos relacionados ao processo de vacinação, incluindo condições de armazenamento das vacinas, conservação em equipamentos refrigerados, organização do processo, compatibilidade entre o tamanho das agulhas e a idade dos animais, entre outros. Os resultados indicaram a presença de não conformidades em todos os tópicos avaliados.
Falhas como refluxo e sangramento foram identificadas em 34% dos casos, uso de vacinas fora da faixa de temperatura recomendada em 10%, ausência de monitoramento das conservadoras em 32%, vacinação de animais fora da faixa etária indicada em 14%, falhas na preparação do processo em 14%, uso de agulhas inadequadas em 33%, troca de agulhas fora do padrão esperado em 19%, ausência de uso de EPI em 26% dos casos e falta de aferição do volume aplicado em 28% das situações observadas.
“Pontos como reutilização de vacinas fora da faixa de temperatura, ausência de monitoramento das conservadoras e idade incorreta de vacinação são extremamente críticos ao processo. No entanto, a partir do levantamento realizado, pudemos constatar que são frequentemente realizados nos fluxos de vacinação”, enfatiza Luana Mazzarollo, uma das responsáveis pelo levantamento e consultora técnica da unidade de negócio de Suinocultura da MSD Saúde Animal.
Nesse contexto, a profissional reforça a importância da realização de programas contínuos de capacitação dos colaboradores, além de auditorias periódicas para identificar e corrigir desvios e a integração de dados de vacinação aos indicadores zootécnicos, permitindo análises mais precisas e tomadas de decisão fundamentadas em evidências. “A adoção dessas medidas contribui para a melhoria da sanidade do plantel e da produtividade na suinocultura.”, completa Mazzarollo.
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