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Economia Mercado de cana

Açúcar recua e etanol mantém alta no início de setembro, aponta Cepea

Enquanto a produção recorde pressiona os preços do açúcar em São Paulo, o etanol registra sua sétima semana consecutiva de valorização no mercado spot.

10/09/2025 às 09h01
Por: Amanda Lafayette Fonte: Globo Rural
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Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

Os preços dos principais subprodutos da cana-de-açúcar caminham em direções opostas neste início de setembro. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o açúcar cristal segue em queda, enquanto o etanol acumula a sétima semana consecutiva de alta.

Entre os dias 1º e 5 de setembro, o indicador Cepea/Esalq do açúcar cristal registrou média de R$ 118,52 por saca de 50 quilos, uma queda de 0,14% em relação ao período anterior. Pesquisadores apontam que a baixa demanda e a pressão por parte das usinas, que aceitaram preços menores para viabilizar as vendas, explicam o recuo. Além disso, a desvalorização do açúcar demerara na Bolsa de Nova York aumentou a cautela dos compradores brasileiros, que aguardam a reação do mercado paulista antes de fechar novos negócios.

Mesmo com a redução da qualidade da matéria-prima, a produção de açúcar em São Paulo segue intensa. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), o estado produziu 2,368 milhões de toneladas de açúcar na safra 2025/26 (de abril até meados de agosto), alta de 20,46% frente ao mesmo período do ano anterior. A escolha das usinas em priorizar o açúcar é clara: 61,64% das 27,7 milhões de toneladas de cana processadas foram destinadas ao produto.

No sentido oposto, o etanol hidratado iniciou setembro em valorização no mercado spot paulista. O indicador Cepea/Esalq fechou a primeira semana do mês em R$ 2,7831 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), avanço de 1,52%. Já o etanol anidro subiu 1,96%, cotado a R$ 3,1838 por litro.

Segundo o Cepea, os preços seguem sustentados pela postura firme dos vendedores, que ofertam volumes reduzidos e apostam em novas altas diante da proximidade do fim da moagem. Com a safra 2025/26 avançando rapidamente devido às condições secas, algumas usinas já planejam encerrar as atividades em outubro.


(Foto: Reprodução/Internet)

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