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Meio Ambiente IBGE

IBGE lança proposta para mapear áreas verdes urbanas no Brasil

Guarulhos e Palmas foram escolhidos como áreas-teste

09/09/2025 às 08h17
Por: Amanda Lafayette Fonte: Agência Brasil
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Foto: Reprodução/Jeff Kingman/Unsplash
Foto: Reprodução/Jeff Kingman/Unsplash

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou uma proposta inédita para padronizar o mapeamento de áreas verdes em cidades brasileiras. O projeto-piloto será testado nas cidades de Guarulhos (SP) e Palmas (TO), que foram escolhidas por suas diferenças regionais, climáticas e de formação urbana.

O principal objetivo do estudo, segundo a responsável técnica Manuela Mendonça de Alvarenga, é validar uma metodologia para que ela possa ser aplicada em todo o país no futuro. A ideia é que o projeto seja submetido à avaliação de outros pesquisadores e gestores para aprimoramentos antes de sua implementação em escala nacional.

Para a pesquisa, o IBGE utilizou a definição de áreas verdes urbanas do Código Florestal Brasileiro, que inclui espaços públicos ou privados com vegetação, naturais ou recuperados, que não são destinados a moradia ou loteamento (como parques, praças e canteiros). A metodologia combinou duas fontes de dados:

  • Cartografia colaborativa: Informações que indicam a presença de áreas verdes.
  • Imagens de satélite: Usadas para confirmar a existência de vegetação no local.

O mapeamento também seguiu o padrão internacional da ONU-Habitat, focado em densidade demográfica e tamanho da população em áreas contínuas.

Os resultados preliminares mostram a importância de considerar as áreas verdes no entorno das cidades:

  • Guarulhos (SP): O levantamento identificou um total de 7.096,37 hectares de áreas verdes, o que representa 45% da área urbanizada do município, considerando o entorno de 800 metros do centro urbano. Quando se considera apenas as áreas intraurbanas, o número cai para 6.036,73 hectares, uma proporção de 38%.
  • Palmas (TO): O total de áreas verdes foi de 5.137 hectares, equivalendo a 49,11% da área urbanizada com o entorno. No entanto, quando apenas o recorte intraurbano é analisado, o total diminui drasticamente para 977,99 hectares (cerca de 10% da área urbanizada). A queda acentuada se deve à presença de grandes matas ciliares de rios que cortam a cidade, mas não são consideradas áreas urbanizadas por não terem moradias ou construções.

A metodologia, pensada para ser de fácil processamento e com insumos acessíveis, poderá fornecer dados de qualidade para todo o Brasil. O projeto também tem o potencial de servir como base para treinar algoritmos de inteligência artificial, o que permitiria uma atualização do mapeamento mais automatizada no futuro.

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