Amigos, amigos, negócios à parte? Neste Dia Internacional da Amizade, celebrado pelas Nações Unidas nesta quarta-feira (30), vale lembrar dessa máxima. Sim, porque, de acordo com pesquisa da Serasa, a maioria (61%) dos brasileiros já se arrependeu de ter emprestado dinheiro a um amigo
Não por acaso, 58% acham que dinheiro e amizade não se misturam e que, embora a amizade seja um pilar de apoio, o dinheiro pode ser um fator de atrito ou até mesmo de ruptura.
A pesquisa aponta que a disposição em ajudar financeiramente um amigo é alta no país. Entre os respondentes, 82% dos brasileiros já emprestaram dinheiro a um amigo, 67% já pediram dinheiro emprestado e, ainda, 3 em cada 10 já pegaram empréstimo para ajudar um amigo.
Mas nem tudo são flores: além do percentual de arrependidos por emprestar dinheiro, a questão financeira também já causou o afastamento de 31% dos entrevistados com os amigos e 40% já ficaram com o nome sujo por conta de um colega.
"Os dados mostram que a amizade continua sendo uma rede de apoio importante para os brasileiros, inclusive nas finanças. Ao mesmo tempo, revelam como a falta de planejamento pode transformar boas intenções em conflitos” , explica Thiago Ramos, especialista da Serasa em educação financeira.
Por outro lado, segundo o levantamento, 67% dos entrevistados já compraram algo por influência de amigos. A pesquisa encomendada pela Serasa foi realizada pelo Instituto Opinion Box entre 24 de junho e 07 de julho, e ouviu 909 pessoas, de diferentes faixas etárias e regiões do Brasil.
A amizade também é vista, diz o Serasa, como uma parceria na hora de economizar: 43% costumam compartilhar promoções, cupons de desconto ou dicas financeiras.
A pesquisa também apontou a falta de transparência financeira: 59% escondem dívidas ou problemas financeiros de um amigo. “O sentimento de vergonha ainda predomina entre as relações, causando afastamentos entre amigos que não conseguem se abrir e falar sobre dinheiro”, analisa Ramos.
A famosa “vaquinha” ou a divisão de contas também pode gerar incômodo. Apenas 33% dizem que sempre dividem os valores, quando se reúnem com os amigos, e 9% afirmam que alguém sempre paga mais — e isso incomoda.
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