A investigação sobre a morte de Francisco Werick Silva Alves, ocorrida na madrugada de 25 de julho em Campo Maior (PI), segue em andamento sob sigilo, com foco na coleta de provas e análises técnicas. A Polícia Civil ouviu a mulher identificada como Eliane Martins, dona da residência onde ocorreu o crime, que negou qualquer envolvimento amoroso com a vítima e afirmou manter um relacionamento apenas com o policial que efetuou os disparos.
Segundo o depoimento de Eliane, o agente estava em sua casa desde o dia anterior e foi chamado por ela após ouvir um barulho vindo da porta da cozinha, por volta das 2h. Em seguida, ela ouviu os tiros, mas afirma não ter presenciado a cena nem saído de dentro da residência. A mulher contou que só reconheceu Werick depois de ver uma foto mostrada por policiais. Ela também relatou que tentou ligar para o 190 após os disparos, mas não conseguiu completar a ligação.
De acordo com o delegado Carlos Júnior, responsável pelo caso, todas as diligências estão sendo realizadas dentro dos prazos legais, com o cuidado necessário para preservar os direitos dos envolvidos e garantir a elucidação dos fatos. “Estamos aguardando os laudos periciais do local do crime e o exame necroscópico da vítima. As investigações seguem com máxima seriedade e cautela”, afirmou.
A versão apresentada pelo policial envolvido é de que agiu em legítima defesa, alegando que Werick tentou invadir o imóvel e estaria armado. A perícia encontrou um facão e uma arma de fabricação caseira próximo ao corpo, que foram recolhidos e passam por análise.
O caso gerou grande repercussão na cidade e segue sob apuração. Até o momento, Eliane está sendo tratada como testemunha no inquérito, e o inquérito policial segue sob responsabilidade da Delegacia Regional de Campo Maior.
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