O laudo técnico do Instituto Médico Legal (IML) que apontará a causa da morte de Alice Borges, de 25 anos, deve ser concluído ainda nesta semana. A jovem foi encontrada sem vida no dia 20 de abril, domingo de Páscoa, nas águas do rio Surubim, em Campo Maior. O caso gerou forte comoção na cidade e levanta suspeitas de feminicídio.
De acordo com a delegada responsável pela investigação, Emylle Kaynar, os indícios contra o principal suspeito, Darlan Sousa, então companheiro de Alice, são contundentes. Ele está preso temporariamente no presídio de Campo Maior após ter a detenção solicitada pela Polícia Civil e autorizada pela Justiça.
Em entrevista, a delegada revelou que a vítima já havia procurado a polícia anteriormente. “Ela registrou boletim de ocorrência por lesão corporal no mês de abril. Inclusive, há um laudo que comprova as agressões. Alice também relatou que ele já havia tentado afogá-la em outra ocasião”, declarou Kaynar, evidenciando o histórico de violência que cercava a relação.
O laudo do IML é aguardado com expectativa tanto pela família de Alice quanto pela população de Campo Maior. A confirmação de morte violenta poderá fortalecer a linha de investigação que aponta para um feminicídio — crime que se caracteriza pelo assassinato de mulheres em contexto de violência doméstica ou discriminação de gênero.
Enquanto o inquérito avança, a sociedade campomaiorense permanece mobilizada, buscando justiça por Alice e cobrando respostas das autoridades sobre um caso que expôs, mais uma vez, a urgência do combate à violência contra a mulher.
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