Segundo Ricardo Leite, Head Agronegócios, o mercado de café apresentou movimentos distintos nas últimas semanas, com impactos de fatores climáticos e revisões de produção global. Na Bolsa de Nova York (ICE NY), os contratos futuros para março/2025 registraram queda de 3,2%, fechando a US¢ 319,50 por libra-peso. Em contrapartida, Londres apresentou alta de 1%, com o contrato para janeiro/2025 cotado a USD 5.209,00 por tonelada.
No Brasil, o especialista informa que o clima desempenha um papel crucial na atual safra. As chuvas recentes têm favorecido o pegamento dos frutos em Minas Gerais, principal estado produtor, embora regiões críticas como Araguari ainda enfrentem dificuldades. A previsão para a próxima semana é de acumulados de até 30 mm, o que pode contribuir para a recuperação de áreas afetadas.
Saindo um pouco do Brasil e olhando mais para o cenário internacional, o relatório do USDA trouxe uma revisão negativa para a produção do Vietnã na safra 2023/24, reduzida para 27,5 milhões de sacas. Apesar disso, as expectativas para 2024/25 indicam recuperação, com projeção de aumento para 30,1 milhões de sacas, o que pode influenciar a dinâmica de oferta no mercado global.
A partir disso é possível concluir que esses dados refletem a volatilidade do mercado de café, impulsionada por questões climáticas e ajustes na produção. Produtores e investidores devem monitorar atentamente as condições climáticas e os relatórios globais para decisões estratégicas.
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