
A técnica de enfermagem do HGWA realiza o processo de cadastro e identificação do material esterilizado utilizado no hospital
Um programa de computador para rastrear produtos hospitalares tem economizado tempo e otimizado o trabalho de diversos setores de unidades da Rede da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Aderiram ao software, o Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv) e o Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA).
No Helv, referência em cirurgias de média e alta complexidade, o programa é usado desde junho para monitorar os produtos que passam pela Central de Esterilização de Materiais (CME). Para serem utilizados nas unidades de saúde, materiais e objetos como os de ventilação respiratória, por exemplo, precisam ser esterilizados, ou seja, precisam passar por um processo de destruição de todos os microrganismos.
Com informações acompanhadas por meio de etiquetas com códigos e identificadores associadas a esses materiais, é possível acompanhar o percurso de cada produto dentro da unidade hospitalar, contemplando todos os processos de recolhimento, descontaminação, desinfecção de alto nível, preparo, esterilização e fornecimento dos produtos para os serviços.
A coordenadora da CME, Bianca Nogueira, explica que, antes da implementação do software, esse processo, chamado de rastreabilidade, era feito manualmente, o que aumentava o tempo de trabalho dos profissionais envolvidos no processo.

“Quando comparávamos os dados de produção da CME, avaliando a quantidade de itens produzidos e a quantidade de fornecidos, ao final do mês, havia diferenças consideráveis. Com a nova tecnologia, o hospital conseguiu alcançar uma correspondência exata entre os produtos produzidos e distribuídos”, explica a coordenadora.
Uma das melhorias permitidas pelo sistema é que a rastreabilidade possibilita identificar o momento e local de eventuais perdas. “Isso não inibe que eu perca o material ou evite a falha do processo, mas me permite o desenvolvimento de estratégias para reduzir esses incidentes”, afirma Bianca.
A informatização do processo garante a segurança dos pacientes, por meio de um controle mais rigoroso e em tempo real dos produtos hospitalares. O sistema possibilita verificar rapidamente se o material utilizado passou por todos os processos de esterilização e testes necessários. “Antes exigia uma busca manual em arquivos de meses anteriores. Às vezes, o arquivo estava com uma caligrafia ilegível ou mesmo borrado, o que dificultava ainda mais o trabalho”, complementa Bianca.
O software permite rastrear materiais como pinças e caixas cirúrgicas, associando-os a procedimentos específicos e pacientes, dando mais segurança para o gerenciamento cirúrgico e o protocolo de cirurgia segura, como explica o coordenador de enfermagem do Centro Cirúrgico, Angelo Daniel. “Como realizamos muitos procedimentos diariamente, a ferramenta garante que o histórico de todas as etapas do processamento desses instrumentais seja devidamente registrado, de forma mais rápida, eficiente e com segurança dos dados computados”, garante o enfermeiro.
O Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), na Messejana, também já vê os resultados do uso do programa, com impacto positivo para os protocolos de segurança do paciente. Com a inovação tecnológica, a CME, responsável pela esterilização e limpeza de todos os materiais instrumentais usados – desde as cirurgias até as máscaras de ventilações mecânicas – ganhou em agilidade no acompanhamento desses trabalhos.
A coordenadora da CME do HGWA, Maria Helane Rocha, explica que esse acompanhamento foi implementado nas clínicas médicas, no bloco cirúrgico e nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). No processo, utiliza-se um pequeno adesivo com código QR Code, que ajuda na contagem detalhada de todos os materiais, evitando o risco de perda.

A coordenadora da CME do HGWA, Helane Rocha, pontua os principais benefícios do sistema
“Eu consigo ver todo o caminho que é percorrido por esse material. Desde o momento que ele chega para ser lavado e em todas as etapas que são feitas nele, a limpeza, o processo de esterilização e a saída dele para o paciente. Aquele material que foi utilizado no paciente pode ser rastreado em que dia foi usado e se passou por todas as etapas de limpeza, seguindo rigorosamente os protocolos efetivos da segurança do paciente possibilitando uma gestão sustentável”, avalia.
A técnica de enfermagem Érica Esteves, que atua no setor, cita alguns benefícios que sente na rotina com a limpeza dos materiais. “O sistema tem ajudado não só na rastreabilidade, mas também na identificação do próprio material, facilitando que toda a equipe saiba o nome correto de todos os itens, além de dificultar os erros de escrita, já que antes fazíamos manual. A agilidade com a contagem, necessária no nosso trabalho, também é outro fator que tem nos auxiliado”, afirma.
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