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“Hora de ouro”: Hospital Regional Norte promove aleitamento materno na primeira hora após o parto

Vitória Silvino segurou a filha Melinda ainda na sala de parto e na primeira hora amamentou a bebê A emoção de tocar o filho logo após o nascimento...

10/08/2024 às 08h55
Por: Redação Portal Verdes Campos Sat Fonte: Secom Ceará
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Foto: Reprodução/Secom Ceará
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Vitória Silvino segurou a filha Melinda ainda na sala de parto e na primeira hora amamentou a bebê

A emoção de tocar o filho logo após o nascimento e amamentá-lo é, dizem as mães, uma experiência indescritível. Poucos minutos após dar à luz Melinda, no dia quatro de agosto, no Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), em Sobral, a dona de casa Vitória Célia Silvino de Castro, 21, já tomou a filha entre os braços e a amamentou ainda na primeira hora. “Ela já saiu comigo da cirurgia e já teve a pega logo depois. Dá uma sensação de calma quando a gente pega o bebê nos braços”, garante.

A primeira hora de vida do bebê, também chamada de “hora de ouro“, é crucial para a amamentação. Para promover o processo de aleitamento materno já nestes primeiros momentos da vida fora do útero após o parto, no HRN, é favorecido o contato pele a pele. A separação da mãe e do bebê ocorre apenas se houver instabilidade com um dos dois. A estratégia reduz os índices de mortalidade infantil, além de trazer benefícios importantes para a pessoa que amamenta.

O tema da importância da amamentação na primeira hora é um dos abordados durante a programação do Agosto Dourado do HRN, mês que incentiva o aleitamento materno e a doação de leite humano. Haverá outra palestra sobre “mitos e verdades da amamentação”, além de capacitação de gestantes e de profissionais de saúde do município de Sobral sobre o processo de amamentação e uma campanha de doação de frascos.

Foto: Reprodução/Secom Ceará
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A programação do HRN contou com capacitações para profissionais de saúde, gestantes e puérperas do HRN e de outras instituições

A médica neonatologista do HRN, Ana Lia Rocha explica que a sucção precoce estimula a produção de leite, aumenta a probabilidade de manutenção do aleitamento nos próximos meses e protege de infecções através dos benefícios do colostro, forma de leite expelido nas primeiras 72 horas pós-parto. Além disso, favorece a manutenção da temperatura corporal do bebê através do contato pele a pele, propicia o vínculo afetivo da mãe e do bebê, melhora a frequência cardíaca e a respiração, principalmente em prematuros, além de prevenir hipoglicemia, que é a baixa concentração de açúcar no sangue.

Nesta primeira hora, também está sendo realizada a transição da vida de dentro da barriga para fora do útero. Neste momento, segundo a médica, é necessário manter a temperatura corporal do bebê, verificar o padrão respiratório de maneira continuada, bem como monitorar os sinais de vitalidade. “Dentro dos cuidados, incentivar o contato pele a pele, observar a prontidão do bebê para mamar e estimular a amamentação na primeira hora de vida é sabidamente um fator protetor de mortalidade infantil”, reforça.

Iniciar a amamentação na primeira hora também traz vários benefícios para a pessoa que amamenta. Um deles é a contração uterina. Durante a amamentação, a mãe libera um hormônio chamado ocitocina que estimula a contração do útero, reduzindo o risco de hemorragia pós-parto. A amamentação ainda em sala de parto também é capaz de promover o vínculo emocional e reduzir a ansiedade materna.

Foto: Reprodução/Secom Ceará
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Amamentar na primeira hora também traz vários benefícios para a pessoa que amamenta

Pele a pele

Entre as principais estratégias para beneficiar a amamentação no pós-parto estão o contato pele a pele e o suporte contínuo à mãe e ao bebê em sala de parto por profissionais capacitados para promover as boas práticas ao nascimento, dentre elas a amamentação na primeira hora de vida. “Colocar o bebê em contato pele a pele com a mãe facilita a amamentação, além de acalmar o bebê e a mãe, manter o bebê aquecido, auxiliar a adaptação metabólica, facilitar o estreitamento dos vínculos afetivos entre mãe e bebê e permitir que o bebê encontre a mama”, explica a coordenadora da obstetrícia do HRN, a enfermeira Larissa Cunha.

O contato pele a pele pode ser feito em qualquer via de parto, seja vaginal ou cesariana, a depender somente das condições clínicas da mãe e do bebê. “Em poucas doenças infectocontagiosas, a amamentação não é recomendada. No entanto, manter a proximidade da mãe com o seu bebê deve ser incentivada, desde que medidas adequadas de prevenção sejam tomadas. É essencial seguir as orientações e diretrizes locais”, explica a médica Ana Lia Rocha.

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