
O preço do leite pago ao produtor caiu pelo oitavo mês consecutivo no Brasil. Em novembro, o valor médio ficou em R$ 2,11 por litro, bem abaixo do registrado nos meses anteriores e também menor do que no mesmo período do ano passado. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Ao longo de todo o ano, o preço do leite acumulou uma queda forte. Segundo o Cepea, isso acontece porque há muito leite disponível no mercado, o que pressiona os valores pagos ao produtor.
A produção aumentou em várias regiões do país. Esse crescimento foi ajudado por investimentos feitos ao longo do ano e por condições climáticas mais favoráveis. Com isso, a indústria captou mais leite, atingindo volumes recordes.
Além da produção interna elevada, o mercado também recebe leite e derivados importados. Mesmo com uma pequena redução nas compras externas em novembro, o volume ainda é alto. Por outro lado, as exportações diminuíram o que faz com que mais produtos fiquem no mercado interno.
Com mais leite e derivados disponíveis, as indústrias e os pontos de venda estão com estoques cheios. Isso derruba os preços de produtos como muçarela, leite longa vida e leite em pó. Com margens menores, os laticínios acabam repassando essa queda para o preço do leite cru pago ao produtor.
Enquanto o valor recebido pelo leite diminui, os custos de produção seguem em alta. Mesmo com uma leve queda no preço da ração em novembro, outros insumos ficaram mais caros, aumentando o custo total da atividade.
Outro ponto de atenção é o milho, base da alimentação do gado. O aumento no preço do grão reduziu o poder de compra do produtor, que precisa entregar mais leite para comprar uma saca de milho do que nos meses anteriores.
Esse cenário indica queda na rentabilidade da atividade leiteira e pode levar muitos produtores a reduzir investimentos nos próximos meses, aumentando a preocupação no campo.
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