
A moagem de cana-de-açúcar na safra 2025/26 nas regiões Norte e Nordeste somou 32,5 milhões de toneladas até o dia 30 de novembro. O volume representa uma queda de 9,4% em relação às 35,9 milhões de toneladas processadas no mesmo período da safra passada.
Os dados são do Ministério da Agricultura e foram compilados pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio).
Em nota, o presidente da NovaBio, Renato Cunha, afirmou que o desempenho da moagem reflete desafios enfrentados pelo setor nesta safra. “Os números mostram uma safra mais curta até o momento, especialmente no Nordeste, mas também evidenciam a resiliência do setor, com destaque para o direcionamento e crescimento do etanol anidro, fundamental para a matriz energética e para o cumprimento das metas de descarbonização”, avaliou.
Na Região Norte, a moagem caiu 10,9%, passando de 7,1 milhões para 6,3 milhões de toneladas. Já no Nordeste, a redução foi de 9,1%, com o volume recuando de 28,7 milhões para 26,1 milhões de toneladas.
Com menos cana processada, a produção de açúcar também diminuiu. Nas duas regiões, a queda foi de 24%, totalizando 1,66 milhão de toneladas. Na safra anterior, a produção havia alcançado 2,18 milhões de toneladas.
A produção total de etanol no Norte e Nordeste chegou a 1,38 milhão de metros cúbicos, uma redução de 7,8% em comparação com a safra passada. O principal impacto foi no etanol hidratado, que apresentou queda de 11,3% até 30 de novembro.
No caso do etanol anidro, houve redução de 2% na Região Norte. No Nordeste, porém, a produção cresceu 5,1%, indicando uma mudança no perfil produtivo da atual safra.
O Açúcar Total Recuperável (ATR), indicador da qualidade da cana-de-açúcar, também apresentou recuo. O ATR total caiu 15,3% nas duas regiões. Já o ATR por tonelada de cana teve redução de 6,5%, puxada principalmente pelo Nordeste, que registrou queda de 9,6%. A Região Norte, por outro lado, teve aumento de 6,1%.
(Foto: Reprodução)
Os estoques físicos de etanol no Norte e Nordeste também diminuíram. Até 30 de novembro de 2025, o volume total armazenado era de 326,2 mil metros cúbicos, queda de 28,9% em relação aos 458,7 mil metros cúbicos registrados no mesmo período de 2024.
O etanol anidro teve redução de 25,4% nos estoques, enquanto o etanol hidratado apresentou queda ainda maior, de 31,5%.
Segundo a NovaBio, os números indicam a necessidade de acompanhar com atenção a evolução da safra nos próximos meses, diante da influência de fatores climáticos, operacionais e de mercado sobre o setor sucroenergético nas regiões Norte e Nordeste.
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