
Para fortalecer as ações de saúde sexual e reprodutiva no estado, o Maranhão recebeu, a Oficina de Qualificação para Inserção do Implante Subdérmico de Etonogestrel (Implanon), promovida pelo Ministério da Saúde. A capacitação aconteceu no prédio anexo do Centro de Ciências Humanas Aplicadas (campus UEMA São Luís), reunindo profissionais e gestores da Atenção Primária à Saúde (APS) de 22 municípios prioritários com programação teórica e prática.
O encontro foi realizado das 8h às 18h, oportunizando aos profissionais acesso a palestras sobre direitos sexuais e reprodutivos e métodos contraceptivos disponíveis no SUS, com abordagem teórica e prática sobre o implante subdérmico.
“Estamos fortalecendo e ampliando a oferta de métodos contraceptivos no estado. Além dos que já distribuímos, como pílulas, mini pílulas, injetáveis mensais e trimestrais e o DIU, passaremos a ofertar também o implante contraceptivo subdérmico. Com isso, fortalecemos a Política de Atenção à Saúde das Mulheres, especialmente no que se refere à saúde sexual e reprodutiva”, destacou a chefe do Departamento de Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde, Olivia Trindade.
Foram considerados municípios prioritários aqueles com mais de 50 mil habitantes. No Maranhão, 22 foram elencados: Açailândia, Bacabal, Balsas, Barra do Corda, Barreirinhas, Buriticupu, Caxias, Chapadinha, Codó, Coroatá, Grajaú, Imperatriz, Itapecuru-Mirim, Paço do Lumiar, Pinheiro, Santa Inês, Santa Luzia, São José de Ribamar, São Luís, Timon, Tutóia e Viana.
Ao todo, o estado recebeu pouco mais de 11 mil implantes contraceptivos subdérmicos. A distribuição aos municípios prioritários será definida com base na população feminina entre 14 e 49 anos. Nos municípios com mais de 500 mil habitantes, os insumos serão enviados diretamente às respectivas Secretarias Municipais de Saúde.
“O objetivo é formar e munir os profissionais com informações adequadas para atender a rede de saúde. Com isso, vamos garantir o acesso e ampliar os recursos de contracepção no SUS, de modo que, a partir de uma rede treinada e habilitada, as mulheres possam acessar o método com qualidade”, disse a enfermeira e consultora técnica da Coordenação-Geral de Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde, Camila Farias.
No momento prático, foram utilizados kits simuladores, por meio dos quais os participantes foram apresentados ao modelo de implante contraceptivo subdérmico à base de etonogestrel.
O material é caracterizado por ser um pequeno bastonete colocado sob a pele do braço, que libera hormônio continuamente, impedindo a gravidez por meio do bloqueio da ovulação. Sua duração é de até três anos, e a retirada pode ser feita a qualquer momento.
Para Francisca Fernandes, médica e coordenadora dos médicos da Atenção Primária do município de Caxias, o treinamento fortalece a luta pelos direitos sexuais e reprodutivos. “Estamos na luta pelos direitos sexuais e reprodutivos há mais de 40 anos. O implante dá à mulher a chance de se programar para ser mãe ou, também, de se programar para não ter filhos. A intenção é descentralizar e torná-lo acessível à população, principalmente àqueles de baixa renda e de difícil acesso a insumos, à saúde e à educação”.
A partir de 2026, o Maranhão passará a ofertar o implante contraceptivo subdérmico como mais um método de longa duração na Atenção Primária à Saúde. Para receber o método, a mulher deverá passar por avaliação médica prévia, na qual serão considerados o histórico pessoal e familiar, a ausência de gravidez e a presença de comorbidades ou patologias, como câncer de mama.
A iniciativa contribui para a redução da mortalidade materna e para o fortalecimento da autonomia das mulheres maranhenses.
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