
Os líderes da Câmara dos Deputados decidiram nesta segunda-feira (15) deixar para 2026 a votação da Proposta de Eemenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública diante de impasses a respeito do texto.
O adiamento representa uma derrota do governo, que enviou o texto ao Congresso Nacional e buscava a aprovação da proposta ainda neste ano.
“PEC da Segurança e o PL antifacção fica para o próximo ano”, afirmou o líder do governo na Câmara José Guimarães (PT-CE).
O texto da PEC ganhou fôlego após a megaoperação das forças policiais do Rio de Janeiro que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão.
A PEC, relatada pelo deputado da oposição, Mendonça Filho (União-PE), já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e aguarda votação em uma comissão especial antes de ir ao plenário.
“Foi acordo. Tanto o PL antificação e a PEC da Segurança no próximo ano”, afirmou o líder do PL, Sóstenes Cavaçlcante RJ), após reunião com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Havia expectativa de que a PEC fosse aprovada na comissão especial nesta terça-feira (16). Mendonça chegou a apresentar uma versão da proposta para ser votada no colegiado na semana passada, mas a falta de acordo adiou a análise.
As mudanças da PEC
A PEC da Segurança Pública cria mecanismos para integrar forças de segurança pública do país. O Palácio do Planalto enxerga a PEC como uma das principais ações para combater o crime organizado.
Também avalia que a proposta contribui para fortalecer a provável candidatura de Lula à reeleição em 2026, à medida que a segurança pública se torna mais relevante nas pesquisas de intenção de voto.
Ao longo dos últimos meses, governadores e secretários estaduais de segurança fizeram críticas ao texto, alegando que a proposta do Planalto poderia tirar autonomia dos estados e "engessar" as forças de segurança locais.
(Foto: Reprodução/ Bruno Spada/ Gazeta do Povo)
A PEC prevê, entre outros pontos:
Durante a tramitação na CCJ, Mendonça Filho retirou do seu relatório a prerrogativa exclusiva da União para legislar sobre o tema. Esse foi o principal ponto de embate durante a análise do texto na comissão.
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