Quarta, 03 de Dezembro de 2025
34°

Parcialmente nublado

Teresina, PI

Geral Piauí

Piauí registra mais de 8 mil acessos no Ligue 180 e reforça ações de combate à violência contra mulher

Dispositivo central na estratégia de enfrentamento da violência contra a mulher no país, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 registrou ma...

03/12/2025 às 13h16
Por: Redação Portal Verdes Campos Sat Fonte: Secom Piauí
Compartilhe:
Foto: Reprodução/Secom Piauí
Foto: Reprodução/Secom Piauí

Dispositivo central na estratégia de enfrentamento da violência contra a mulher no país, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 registrou mais de 8 mil acessos no Piauí, em 2025. Nessa terça-feira (2), a secretária das Mulheres, Zenaide Lustosa, destacou o impacto do canal no combate à violência no estado.

“O Ligue 180 é um serviço reconhecido em todo o Brasil e continua sendo um dos canais mais procurados pelas mulheres que precisam de ajuda. Só neste ano, registramos mais de 8 mil acessos no Piauí. A Secretaria das Mulheres e a Secretaria de Segurança atuam como pontos focais do 180, recebendo todas as demandas encaminhadas pelo sistema para que possamos realizar as tratativas e garantir o atendimento adequado às mulheres que procuram o serviço”, pontuou a gestora, durante o encontro que celebrou os 20 anos do Ligue 180, realizado na Casa da Mulher Brasileira (CMB) de Teresina.

O Ligue 180, que em 2025 completa duas décadas de atuação, é um serviço essencial no enfrentamento à violência de gênero. O canal funciona 24 horas por dia, oferecendo escuta qualificada, humanizada, sigilosa e segura, com orientações sobre direitos e acolhimento às vítimas. Ao longo dos anos, o serviço se consolidou como uma das principais portas de entrada para denúncias, pedidos de apoio e encaminhamentos para a rede de proteção.

Foto: Reprodução/Secom Piauí
Foto: Reprodução/Secom Piauí
Foto: Ascom/Sempi

Atuação integrada fortalece enfrentamento à violência

A defensora pública Lia Medeiros do Carmo Ivo, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Nudem) da Defensoria Pública do Estado, reforçou a importância da atuação integrada na Casa da Mulher Brasileira.

“No Nudem, estamos diariamente à disposição para atender as mulheres. Temos uma equipe preparada, mas também reconhecemos que sempre há espaço para aprimorar nosso trabalho. A Defensoria está de mãos dadas com as secretarias e com as profissionais que atuam na Casa da Mulher Brasileira, e eu reafirmo meu compromisso em contribuir para que essa parceria siga fortalecida, garantindo um fluxo cada vez mais eficiente entre as instituições”, destacou a defensora.

A coordenadora da Guarda Maria da Penha de Teresina, Tayna Veloso, também relatou os desafios enfrentados pelas equipes que atuam no atendimento à mulher. “É muito importante perceber que estamos unindo forças. Hoje acompanhamos 250 mulheres ativas no Programa da Guarda Maria da Penha. Sempre digo que somos a etapa final do atendimento: estamos ao lado da mulher na ponta, depois que ela já passou por diversos serviços. Isso é desafiador, porque muitas vezes não conseguimos atender plenamente tudo aquilo que ela necessita. Mas seguimos firmes para oferecer o melhor suporte possível”, afirmou a coordenadora.

Foto: Reprodução/Secom Piauí
Foto: Reprodução/Secom Piauí
Foto: Ascom/Sempi

A comandante da Patrulha Maria da Penha no Piauí, major Leoneide Rocha, reforçou a importância histórica da atuação da patrulha. “Estamos há dez anos atuando no enfrentamento à violência contra a mulher, dentro de uma instituição com 93% do efetivo masculino e onde ainda convivemos com muito machismo. É uma missão extremamente desafiadora, mas os avanços são visíveis. Ver a Patrulha Maria da Penha institucionalizada e reconhecida é a realização de um sonho que me exigiu muito, mas que valeu a pena”, assinalou a major.

A delegada Lucivânia Carvalho Vidal, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher na CMB, reforçou a importância da existência dos equipamentos de atendimento e da rede de apoio. “O nosso trabalho diário é pesado. É uma responsabilidade grande, mas que assumimos com dedicação, mesmo sabendo do quanto exige de nós. Quando gostamos do que fazemos, essa carga acaba se transformando em satisfação, não pelo crime, mas por conseguirmos ajudar aquela mulher. É importante lembrar que, há 20 anos, não existiam a Lei Maria da Penha, o Ligue 180 ou a Casa da Mulher Brasileira. Hoje, temos uma estrutura de acolhimento e proteção que é fruto de uma construção contínua ao longo dessas duas décadas”, explicou a delegada.

A atividade integra a programação dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Ele1 - Criar site de notícias