
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou a operação policial realizada no Rio de Janeiro, classificada como a mais letal da história da cidade. Em mensagem publicada na rede social X, o órgão afirmou estar ‘horrorizado’ com a ação, que deixou ao menos 60 suspeitos e quatro policiais mortos.
O comunicado do escritório da ONU ressalta que a operação reforça a tendência de consequências letais extremas das ações policiais em comunidades marginalizadas no Brasil. A entidade também lembrou que as autoridades têm obrigações diante dos direitos humanos e cobrou investigações rápidas e eficazes sobre o caso.
Repercussão internacional
A repercussão internacional foi imediata. O jornal britânico The Guardian destacou a indignação de ativistas de direitos humanos e políticos de oposição diante do ‘derramamento de sangue’. A publicação relatou que a ação começou antes do amanhecer nos arredores dos complexos do Alemão e da Penha.
O argentino Clarín descreveu o episódio como ‘cenas de guerra’, mencionando vídeos em que se ouvem disparos incessantes e se vê fumaça nas ruas. O jornal observou que é comum encontrar nas favelas cariocas marcas da sigla do Comando Vermelho, facção criminosa predominante na região.
O espanhol El País enfatizou que esta já é a operação mais mortal da história do Rio. Já o também argentino La Nación reproduziu declarações do governador Cláudio Castro, que defendeu a atuação das forças de segurança.
O português Público noticiou que criminosos teriam usado drones para lançar granadas contra os policiais e recordou outras ações de grande letalidade no estado, como a do Jacarezinho, em 2021, quando 28 pessoas morreram.
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