A produção de etanol de milho no Brasil está em plena expansão e começa a ameaçar o domínio histórico da cana-de-açúcar como principal matéria-prima do biocombustível. Segundo dados da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), o setor já responde por cerca de 18% da produção nacional de etanol, com expectativa de crescimento contínuo nos próximos anos.
O avanço é impulsionado principalmente pelo Centro-Oeste, com destaque para Mato Grosso, onde a integração entre lavoura e indústria tem favorecido a eficiência produtiva. A tecnologia de ponta e o aproveitamento de subprodutos, como o DDG (grão seco usado na alimentação animal), tornam o modelo economicamente atrativo.
Além disso, o etanol de milho tem se mostrado uma alternativa estratégica para garantir o abastecimento durante a entressafra da cana, contribuindo para a estabilidade do mercado e dos preços. O setor também aposta na sustentabilidade, com redução de emissões e uso racional de recursos.
Especialistas apontam que, embora a cana ainda seja dominante, o milho tem potencial para crescer e ocupar espaço relevante, especialmente em regiões onde a cultura já é consolidada. A tendência é de que o Brasil se torne um dos maiores produtores mundiais de etanol de milho, ampliando sua presença no mercado internacional de biocombustíveis.
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