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Economia Consumo de peixe

Consumo de tilápia tem aumento de 10% ao ano nas últimas décadas

Nas últimas décadas, a expansão do cultivo para regiões do interior do país reverteu esse cenário, ampliando a oferta de tilápia em todo o território nacional.

02/10/2025 às 09h16
Por: Amanda Lafayette Fonte: Globo Rural
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Nos últimos anos, os brasileiros têm buscado dietas mais nutritivas e saudáveis, isso impulsionou um aumento histórico no consumo de tilápia. Segundo um levantamento da Peixe BR–Associação Brasileira da Piscicultura, o consumo per capita do peixe quase dobrou em uma década, saltando de 1,47 quilo por habitante por ano em 2015 para 2,84 quilos em 2024, um aumento de 93%.

A alta demanda sustentou o crescimento da produção nacional. A tilápia, que já é o peixe mais consumido no país, alcançou uma produção de 662,2 mil toneladas em 2024, representando um avanço de 132,3% sobre as 285 mil toneladas produzidas em 2015, conforme dados do Anuário 2025 da associação.

Historicamente, o consumo de peixes no Brasil se concentrou no litoral. Contudo, nas últimas décadas, a expansão do cultivo para regiões do interior do país reverteu esse cenário, ampliando a oferta de tilápia em todo o território nacional.

Nos últimos 11 anos, o consumo do peixe cresceu em média 10,3% ao ano. "Despontando como a melhor série histórica entre todas as proteínas animais do país", avalia Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR.

A preferência do consumidor pela tilápia é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo a característica do filé, que é sem espinhas e possui sabor suave, além da versatilidade que permite seu preparo em diversas formas, inclusive cru, em pratos como ceviche. No cenário de produção, o estado do Paraná lidera o ranking nacional, seguido por São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Para a próxima década, a Peixe BR prevê que o crescimento continue no ritmo observado nos últimos dez anos. Segundo Medeiros, por se tratar de um peixe cultivado, a produção controlada e a oferta estável permitem que os produtores trabalhem com previsibilidade e qualidade.

No entanto, o executivo aponta que os maiores desafios para manter essa trajetória ascendente são as barreiras regulatórias e os efeitos da perda do poder aquisitivo da população.


(Foto: Reprodução/Jonathan Campos/Agência de Notícias do Paraná)

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