O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira (16) que o governo federal está à disposição para ajudar nas investigações sobre o assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros em Praia Grande (SP) na noite de segunda-feira (15).
Segundo o ministro, a Polícia Federal (PF) e o Banco Nacional de Perfis Genéticos podem apoiar as apurações. Ele ressaltou que a responsabilidade direta pela investigação é das polícias estaduais, mas garantiu colaboração.
Em audiência pública no Congresso Nacional, Lewandowski destacou sua preocupação com o crime, “um assassinato brutal que revela o elevado nível de violência que, lamentavelmente, se espalha pelo Brasil e por outros lugares", disse em coletiva. O ministro da Justiça também informou que, neste momento inicial, a maior contribuição que o governo federal pode dar às forças de segurança de São Paulo é através da colaboração dos peritos da PF e do Banco Nacional de Perfis Genéticos, que é administrado pelo ministério.
Fontes, de 69 anos, foi alvo de uma emboscada perto da prefeitura de Praia Grande.
Seu carro foi cercado por outro veículo; três homens armados com rifles desceram e atiraram várias vezes contra o ex-delegado.
Após o ataque, a Secretaria de Segurança Pública reforçou o policiamento na Baixada Santista.
Delegado por mais de 40 anos, chefiou a Polícia Civil de São Paulo entre 2019 e 2022.
Teve atuação marcante no Denarc e no DHPP.
Liderou investigações contra o PCC e contra crimes de assalto a bancos.
Desde 2023, ocupava o cargo de Secretário de Administração de Praia Grande.
O assassinato foi criticado durante audiência da PEC da Segurança Pública.
A deputada Adriana Accorsi (PT-GO) disse que o crime gerou indignação entre policiais de todo o país.
O relator da comissão, Mendonça Filho (União-PE), classificou o caso como “episódio lamentável” que precisa de reprovação da sociedade.
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