Nesta terça-feira (16), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou a convocação de novos nomes ligados ao esquema de cobrança indevida de mensalidades associativas em benefícios previdenciários.
Entre os convocados estão as esposas de dois dos principais suspeitos investigados:
Tânia Carvalho dos Santos, esposa de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”;
Cecília Montalvão Queiroz, esposa do empresário Maurício Camisotti.
Além delas, também serão ouvidos:
Romeu Carvalho Antunes, filho do “Careca do INSS”;
Rubens Oliveira Costa e Milton Salvador de Almeida Júnior, sócios do empresário em negócios sob investigação da Polícia Federal;
Nelson Willians, advogado e dono de um dos escritórios mais caros do país, que se tornou conhecido pela ostentação nas redes sociais.
Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o escritório de Willians movimentou R$ 4,3 bilhões em transações suspeitas entre 2019 e 2024, parte delas relacionadas a Camisotti, que teria recebido pelo menos R$ 15,5 milhões. O advogado nega irregularidades e afirma que os valores referem-se a uma compra de terreno “legítima e verificável”.
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), determinou que, caso haja dificuldades para intimar os convocados, a Polícia Legislativa do Senado seja acionada. A expectativa é que alguns depoimentos ocorram já nesta quinta-feira (18).
Os dois principais investigados, Antônio Carlos Camilo Antunes e Maurício Camisotti, estão em prisão preventiva desde sexta-feira (12), quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Cambota. O “Careca do INSS” deveria depor na segunda (16), mas não compareceu após decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a ausência do investigado.
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