Apesar da alta de 17,6% no preço médio da carne bovina, o consumo no Brasil segue em alta. De acordo com levantamento da Worldpanel by Numerator, o consumo da proteína cresceu 8,8% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado, alcançando 93,1% dos lares, um avanço de 5,1 pontos percentuais.
A pesquisa mostra que os bovinos permanecem como a principal proteína no prato do consumidor, presentes em 28,7% das ocasiões de consumo. A categoria representa cerca de um terço de todo o gasto com proteínas e gera impacto positivo na cesta de compras: quando presente, eleva em média 8,9 pontos percentuais o valor total desembolsado.
Os consumidores têm priorizado cortes mais nobres, como o bife (34,8% em volume), e opções mais acessíveis , como a carne moída (15,6%). Entre os cortes que mais movimentam a categoria, aparecem ainda acém (6,1%) e alcatra (1,7%).
A escolha do corte varia conforme o período do mês. No início, ganham espaço cubinhos e peça inteira sem marca; no meio, desponta a carne moída com marca; e no fim, prevalecem os cortes sem marca (exceto moída), evidenciando o esforço do consumidor em manter o consumo de bovinos mesmo com orçamento mais apertado”, explica Felipe Feniar, gerente de contas da Worldpanel by Numerator.
Nas casas da classe AB, frango, suínos e linguiças têm ganhado espaço no início do mês, mas o grupo ainda responde por 28,9% do volume total de bovinos consumidos. O levantamento também mostra que “saciar a fome” se consolida como principal motivador na escolha das proteínas, sinalizando uma mudança no papel funcional das refeições.
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