O mercado de grãos básicos no Brasil passa por contrastes. No arroz, o excesso de oferta derrubou os preços em quase 43% em relação ao ano passado, desestimulando os produtores e levando à previsão de queda de 5,17% na área plantada para a safra 2025/26, segundo o Irga. A Conab intensificou compras públicas e anunciou R$ 300 milhões para garantir preços mínimos.
No feijão, há dois cenários distintos: o carioca mantém valorização, chegando a R$ 265 a saca em padrões extras, enquanto o feijão-preto enfrenta forte queda devido ao aumento da produção, com preços abaixo do custo e até do valor mínimo oficial. Em algumas regiões, negócios ocorrem abaixo de R$ 100 a saca.
Para apoiar o setor, o governo federal liberou R$ 21,7 milhões para leilões que devem escoar até 50 mil toneladas de feijão-preto. Apesar da medida, produtores questionam a eficácia do modelo de comercialização.
A expectativa agora é de retração significativa na primeira safra do Paraná, estimada em 34%, e de um possível alívio pelo mercado externo, já que as exportações brasileiras de feijão dobraram entre janeiro e julho, somando 77,8 mil toneladas.
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