O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta quinta-feira (4), em Belo Horizonte, o programa Gás do Povo, que prevê a distribuição gratuita de botijões de gás a 15,5 milhões de famílias de baixa renda em todo o país. A iniciativa deve alcançar cerca de 50 milhões de pessoas.
O novo programa substitui o Auxílio Gás e amplia em três vezes o número de beneficiários. A diferença é que, em vez do repasse em dinheiro, cada família poderá retirar o botijão diretamente em revendas credenciadas pelo governo federal.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o objetivo é garantir acesso ao gás de cozinha, considerado item essencial para segurança alimentar e bem-estar, além de reduzir riscos de uso de lenha, álcool e outros materiais inflamáveis.
Terão direito ao benefício famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda mensal de até meio salário mínimo (R$ 759) por pessoa, com prioridade para quem já recebe o Bolsa Família. A quantidade de botijões por ano varia conforme o número de integrantes: até três para famílias de dois membros, quatro para três integrantes e seis para famílias com quatro ou mais pessoas.
A retirada poderá ser feita por meio de aplicativo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, cartão próprio do programa, vale impresso distribuído em agências da Caixa e lotéricas, ou pelo cartão do Bolsa Família. Revendas participantes terão identidade visual padronizada.
O Nordeste é a região com maior número de famílias contempladas, mais de 7,1 milhões. Em seguida estão Sudeste (4,4 milhões), Norte (2,1 milhões), Sul (1,1 milhão) e Centro-Oeste (889 mil). Oito estados ultrapassam a marca de um milhão de famílias atendidas: Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
Segundo o governo, o programa será bancado integralmente por recursos públicos. Para este ano, estão previstos R$ 3,57 bilhões no orçamento. Em 2026, a projeção é de R$ 5,1 bilhões.
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