Nesta terça-feira (2), o diretor do Instituto de Medicina Legal (IML), Antônio Nunes, confirmou que Francisco de Assis Pereira da Costa, réu no caso das oito mortes por envenenamento no Piauí é considerado mentalmente são.
A audiência de instrução e julgamento, marcada para 30 de julho, foi adiada para 5 de setembro. O motivo foi o pedido da Defensoria Pública do Piauí para que Francisco passasse por exame de sanidade, aceito pelo juiz Willmann Izac Ramos Santos.
A defesa informou, nesta terça-feira (2), que não vai recorrer do laudo pericial e aguarda a audiência de instrução e julgamento. A audiência não ocorreria sem o resultado do exame. Como Francisco e Maria dos Aflitos da Silva respondem no mesmo processo, o juiz decidiu adiar a sessão.
A audiência de instrução é uma etapa importante do processo. Nela, o juiz ouve testemunhas, partes e peritos, e tem contato direto com as provas antes de tomar uma decisão.
O exame foi feito no início de agosto. Uma adolescente de 17 anos, parente de sete vítimas e sobrevivente do envenenamento, prestou depoimento no IML de Teresina. Ela foi uma das seis pessoas ouvidas no processo.
Também prestaram depoimento Maria dos Aflitos, avó e mãe de algumas vítimas, apontada como cúmplice, além de um irmão e da mãe do réu, que foi ouvida em Fortaleza (CE), onde mora.
Segundo o diretor do IML, os depoimentos ajudam a traçar o perfil do réu com base em seu comportamento antes e durante os crimes. Eles também contribuem para o diagnóstico, quando necessário.
O prazo legal para o laudo é de 45 dias, mas o caso foi priorizado porque o réu está preso. Com o resultado, a audiência de instrução e julgamento deve ocorrer nesta sexta-feira (5).
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