
Um estudo realizado na Usina Santa Fé, em Nova Europa (SP), analisou os impactos do armazenamento da cana-de-açúcar por mais de 24 horas após a colheita.
A pesquisa foi conduzida pelo agrônomo Leonardo Lucas Madaleno, professor do curso de Biocombustíveis da Fatec Nilo De Stéfani (Jaboticabal-SP), com apoio da Fapesp.
O Brasil, maior produtor mundial de cana, utiliza a gramínea principalmente para fabricar açúcar e etanol. Atualmente, a mecanização da colheita aumenta a eficiência do corte e transporte, mas exige que o processamento ocorra em poucas horas, idealmente em até oito. Quando a cana picada é armazenada por mais tempo, há risco de perdas por transpiração e maior exposição a microrganismos.

Para medir esses efeitos, o grupo simulou o chamado “estoque sobre rodas” em caixas plásticas que reproduziam as condições das carretas. Foram testados diferentes intervalos de processamento entre 6 e 48 horas. As análises mostraram que:
· Açúcar: até 24 horas, não há perda significativa de qualidade no xarope, mas a cana pode perder até 10% da massa. Após esse período, intensifica-se a quebra da sacarose, gerando escurecimento do caldo e exigindo maior uso de leite de cal, o que deixa resíduos no produto final.
· Etanol: até 48 horas não houve queda relevante na qualidade do vinho fermentado, mas a estocagem prolongada favorece a formação de moléculas secundárias que dificultam a destilação.
Outro fator observado foi a influência da safra. Em períodos de chuva, há maior presença de impurezas, já que a água reduz a sacarose ainda no armazenamento.
O estudo conclui que o atraso no processamento da cana não compromete imediatamente a qualidade dos derivados, mas reduz o volume disponível e, a partir de 24 horas, impacta diretamente o rendimento, especialmente na produção de açúcar.
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