A Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) aprovouneta quarta-feira (6), em votação unânime, o pacote de medidas do governador Elmano de Freitas (PT) para mitigar os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A proposta, que tramitou em regime de urgência, recebeu o apoio dos 34 deputados presentes, além do presidente interino da Casa, Danniel Oliveira (MDB).
A decisão busca proteger a economia local dos efeitos das barreiras comerciais impostas pelos EUA, garantindo apoio a produtores e consumidores do estado.
Em breve, o Governo Federal deve anunciar novas medidas, e o Ceará está preparado para responder com agilidade e precisão, garantindo o devido cuidado com as empresas que são verdadeiros patrimônios do nosso povo. Declarou o líder do governo na Alece, Guilherme Sampaio (PT).
O estado é um dos mais afetados pelas tarifas impostas pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump, já que 92% dos produtos exportados pelo Ceará para o mercado americano estão na lista de itens sobre taxados. As medidas buscam minimizar os prejuízos e proteger a economia cearense.
O setor siderúrgico cearense, maior exportador para os Estados Unidos, movimentou US$ 417 milhões em 2024, segundo dados do Governo Federal. Atualmente, o segmento já sofre uma taxação de 50% sobre sua produção. A medida afetará ainda outros produtos importantes na pauta de exportações do estado, que passarão a ter a mesma alíquota tarifária. Entre eles destacam-se:
Pescados
Frutas
Ceras vegetais (como a cera de carnaúba)
Calçados
Couros e peles
Mel
Lagostas
Com a redução nas vendas de cera de carnaúba, frutas e pescados, o Ceará poderá perder cerca de R$ 1,6 bilhão em negócios com o mercado norte-americano.
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