Homem que furtou cão de creche levando animal a morte foi condenado pela Justiça, no Ceará

O homem que furtou um cão da raça buldogue francês de uma creche para cachorros no Bairro Cocó, em Fortaleza, levando o animal a morte, foi condenado pela Justiça a 5 anos anos, 5 meses e 20 dias de reclusão por furto qualificado e maus tratos a animal com resultado morte.

Conforme a denúncia do Ministério Público, na madrugada de 8 de janeiro deste ano Kalleby de Sousa Meneses invadiu o petshop durante a madrugada e levou vários itens do estabelecimento, como uma máquina de tosa, um aparelho celular, um kit de tesouras e diversas coleiras.

Em seguida, Kalleby fugiu levando o cão Bryan, que estava hospedado na creche do estabelecimento com outros cachorros. A ação foi flagrada pela câmera de segurança do local.

Depois de passar o dia tentando vender o buldogue, o acusado deixou o animal no galpão de uma oficina mecânica abandonada na Avenida Engenheiro Santana Júnior. No dia seguinte, Bryan foi encontrado amarrado e sem vida. Além disso, os bens subtraídos por ele não foram recuperados.

Durante o julgamento, ocorrido no dia 27 de novembro, Kalleby foi condenado pelos crimes de furto qualificado pelo arrombamento e de maus tratos a cão com resultado morte. Além da prisão, que deverá ser cumprida em regime semiaberto, o réu também irá pagar o equivalente a dois salários mínimos aos tutores de Bryan, como indenização por danos morais.

Bryan tinha 3 anos e 7 meses de idade e estava hospedado na creche animal há cerca de 15 dias, enquanto os tutores viajavam.

Assim que tomaram conhecimento sobre o sumiço dele, os tutores registraram um Boletim de Ocorrência e fizeram uma campanha nas redes sociais para localizar o cão de estimação, que estava na família desde quando tinha 2 meses de idade.

"A gente [ela e o marido] era linha de frente na pandemia e as meninas [filhas] ficavam muito tempo sem a gente. Ele chegou nesse contexto para trazer alegria", falou a tutora à época.

Quando foi localizado, Bryan já estava sem vida, amarrado numa corda, no pé de uma coluna de ferro, sujo de vômito. Uma das suspeitas é que o cão tenha sido submetido a muito esforço e não resistiu.