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Redes Sociais: representam uma ameaça às crianças e adolescentes?

A Rede de Rádios Verdes Campos Sat entrevistou a psicóloga Layse Policarpo que informou orientações de como os pais devem lhe dá em relação ao acesso das Redes Sociais dos filhos.

09/07/2024 às 09h14 Atualizada em 09/07/2024 às 10h32
Por: Carlos Santos Fonte: Redação
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Foto/Reprodução
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Hoje, na era das redes sociais e das crianças influenciadoras digitais, a recomendação para os pais  inclui dicas de segurança e privacidade no uso da internet.

 

Dados do TIC Kids Online Brasil 2022 mostram que 96,5% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos já acessaram a internet. Destes, 33,1% já passaram por situações ofensivas, que não gostaram ou que as chatearam online. Isso quer dizer que esses jovens precisam ser educados sobre segurança na web.

 

O tema é tão importante que a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou um documento, no qual alerta para os riscos da exposição infantil exagerada, como roubo de identidade, cyberbullying, uso de imagens e vídeos por pedófilos ou para fins comerciais, entre outros. As consequências para a criança ou adolescente vão de perda da privacidade a problemas de saúde mental.

 

Foto; Amanda Bonfim

 

Em entrevista a Rede de Rádios Verdes Campos Sat, Layse Policarpo, Psicóloga Clínica e Educacional, explicou como os pais podem lhe dá com o acesso da internet, diante dos riscos que as plataformas podem ter como consequências. “A proibição ou a suspensão do uso do celular tem que acontecer da maneira certa, como uma forma de punição ou suspensão para algo que foi feito. Então se o pai percebe que o filho está acessando as redes sociais por um tempo excessivo e o conteúdo consumido pode estar trazendo alguma situação ruim, é preciso realmente preciso retirar por um tempo até que ele consiga compreender melhor como o utilizar. E diante disso é preciso acompanhar”, destacou a psicóloga.

 

A Psicóloga alertou que a retirada do celular tem que ser de maneira regrada até porque com advento da tecnologia representa uma evolução. “Mas é preciso realmente prezar pela parte qualificativa de acesso à internet e verificar o que isso pode oferecer aos filhos.  Então às vezes os pais tiram o celular e faz isso como forma de castigo, porém o jovem ou a criança tem a necessidade de se comunicar, para falar alguma coisa e o filho está inacessível. Então é muito melhor que os pais ensine o uso, já que o universo tecnológico está cada vez mais evoluído e representa o futuro na sociedade”, concluiu.

 

Orientações

 

1. Limitar o tempo de acesso

 

• Evitar a exposição de crianças menores de 2 anos às telas;

 

• Limitar o tempo de telas ao máximo de 1 a 2 horas por dia de crianças com idades entre 6 e 10 anos;

 

• Adolescentes com idades entre 11 e 18 anos, o tempo de telas e jogos de videogames devem ser, no máximo, de 2 a 3 horas por dia.

 

 

2. Evitar postagens que exponham a rotina

 

Entre os cuidados que os pais devem ter com a criança no computador está ainda a publicação de informações pessoais, um exemplo remete às postagens que identificam o nome da escola ou de outros lugares que fazem parte da rotina dos pequenos. É importante orientar as crianças e os jovens sobre os riscos de exposição da intimidade.

 

3. Ajustar configurações de segurança e privacidade

 

 

Existem páginas web e aplicativos que oferecem ajustes de configurações de segurança e privacidade para que os usuários tenham controle de como suas informações serão usadas. Não limitado apenas às crianças, mas essas alterações de exposição devem ser observadas e feitas pelas famílias.

 

4. Usar aplicativos para monitorar o uso

 

Por falar em configurações de segurança, há aplicativos de monitoramento que as famílias podem utilizar para manter os cuidados com o uso de telas. Esses recursos são capazes de informar o tempo de uso, estabelecer acesso de conteúdo adequado à faixa etária, receber notificações e alerta e até mesmo ver a localização. Entre os exemplos de aplicativos estão: Google Family Link e Life360.

 

5. Ter as senhas de acesso

 

Um dos cuidados importantes para acompanhar as crianças e adolescentes no uso do computador é ter conhecimento das senhas que utilizam para acessar contas, seja de aplicativos, redes sociais ou qualquer página web. É importante ainda que as famílias os orientem a não compartilharem as senhas com terceiros, pontuando os riscos dessa prática.

 

 

 

6. Saber com quem a criança está conectada

 

A internet é um espaço público e nela também há pessoas mal-intencionadas. É indispensável que os pais fiquem atentos com quem a criança e os jovens conversam na internet e com quem elas estão conectadas. Inclusive, uma das orientações de segurança e privacidade é ser seletiva ao aceitar seguidores nas redes sociais.

 

7. Estabelecer uma rotina de uso

 

Não apenas no ponto de segurança e privacidade, mas o uso excessivo do computador pode desencadear diversos problemas à saúde até a vida adulta. Conforme a Sociedade Brasileira de Pediatria, estão entre os exemplos: problemas auditivos, miopia, transtornos posturais, déficit de atenção, transtornos de sono, entre outros. Por isso, é importante que os pais estabeleçam uma rotina de uso.

 

 

 

 

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